Alimentos que podem piorar a hiperatividade em crianças e adultos: o que a ciência já sabe?

Hiperatividade não é só excesso de energia. Ela pode ser um sintoma presente em quadros como o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), mas também surgir em situações de estresse, ansiedade ou noites mal dormidas. A alimentação pode ter um papel importante nesse cenário.

Embora não existam alimentos que “causem” TDAH, alguns podem agravar os sintomas de agitação, impulsividade e dificuldade de concentração, tanto em crianças quanto em adultos.

A seguir, explicamos o que a ciência já sabe sobre os principais vilões (e aliados) da alimentação nesse contexto.

Açúcar: o vilão mais popular

Na prática clínica, o alto consumo de açúcar — devido ao seu poder energético — costuma piorar os sintomas da hiperatividade.

Sabe-se que picos de glicose no sangue, seguidos de quedas rápidas, podem causar irritabilidade, falta de foco e alterações de humor. Além disso, doces em excesso costumam vir acompanhados de corantes, conservantes e outros aditivos que também merecem atenção.

Cafeína: atenção às fontes escondidas

A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central. Em adultos, pode até melhorar o foco em pequenas doses, mas em crianças tende a aumentar a inquietação e atrapalhar o sono — o que agrava os sintomas de hiperatividade.

A cafeína só deve ser apresentada às crianças a partir dos 7 anos.

E ela não está só no café: refrigerantes, energéticos, chás escuros (como mate e preto) e chocolates também contêm cafeína. Ficar atento à quantidade e ao horário do consumo pode ajudar bastante.

Corantes artificiais e aditivos: um alerta importante

Alguns corantes artificiais, como a tartrazina (amarelo), o vermelho allura e o azul brilhante, têm sido associados ao aumento da hiperatividade em crianças sensíveis. O mesmo vale para adoçantes artificiais, conservantes e o glutamato monossódico — um realçador de sabor comum em alimentos prontos.