Opinião: Por que a Globo insiste em Chay Suede, Cauã Reymond e Marcos Palmeira como protagonistas?
Desde "Amor de Mãe" até o aguardado remake de "Vale Tudo", que estreia no dia 31, estes três nomes têm se revezado no posto de galã principal das novelas da Globo
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Nos últimos anos, a faixa das nove da Globo tem se apoiado em um rodízio bem definido de protagonistas masculinos. Desde “Amor de Mãe” (2019) até o aguardado remake de “Vale Tudo”, que estreia no próximo dia 31, três nomes têm se revezado no posto de galã principal: Chay Suede, Cauã Reymond e Marcos Palmeira.
O fenômeno começou com Chay Suede em “Amor de Mãe”, seguido por sua presença em “Travessia” e agora em “Mania de Você”, onde interpreta Mavi. Já Cauã Reymond protagonizou “Um Lugar ao Sol”, assumiu papel de destaque em “Terra e Paixão” e agora dará vida ao malandro César Ribeiro no remake de “Vale Tudo”. Marcos Palmeira, por sua vez, foi o nome mais forte de “Pantanal” e “Renascer”, mantendo-se presente no horário nobre com papéis de grande impacto.
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O que chama a atenção é a falta de renovação entre os galãs. Mesmo com um grande elenco disponível no mercado, a emissora insiste em escalar os mesmos atores para ocupar os principais papéis da faixa das nove. Enquanto Marcos Palmeira parece ser o menos afetado por essa repetição – já que sua versatilidade o leva a estar em mais produções –, Chay Suede e Cauã Reymond correm o risco de saturação perante o público.
Essa repetição pode ser um sintoma da crise que as novelas das nove vêm enfrentando nos últimos anos. A audiência tem oscilado, e muitas produções não conseguem gerar o mesmo engajamento de tramas passadas. A escolha recorrente dos mesmos protagonistas pode ser um reflexo da tentativa da Globo de apostar em nomes já testados e aprovados, ao invés de arriscar em profissionais já “esquecidos” ou que nunca tiveram chances nesta função.
Por outro lado, a insistência nos mesmos atores pode estar contribuindo para a rejeição de parte do público. Com histórias que nem sempre conquistam, a previsibilidade do elenco pode acabar afastando os telespectadores, que buscam novidades tanto na trama quanto nos intérpretes.
Apostar em rostos conhecidos é uma estratégia válida, já que o público gosta de reconhecer seus atores favoritos, mas a repetição tem se tornado cansativa. Além disso, os tipos de personagens interpretados por esses atores pouco diferem entre si, o que reforça ainda mais a sensação de déjà vu.
O desafio da Globo é encontrar um equilíbrio: manter nomes fortes no elenco sem tornar as escalações excessivamente previsíveis. Será que o futuro das novelas das nove continuará refém desse rodízio ou veremos uma renovação de verdade nos próximos anos?
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