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“Dias Perfeitos”: estreia no Globoplay adaptação do livro do autor de “Beleza Fatal”

Adaptação para o streaming deste suspense angustiante trará mais protagonismo à vítima de um perseguidor obsessivo

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Os quatros primeiros episódios de “Dias Perfeitos”, nova série baseada na obra de Raphael Montes, criador de “Beleza Fatal”, chega nesta quinta-feira (14/8) ao Globoplay. Nesta história de obsessão cheia de críticas sociais, acompanhamos a trama a partir do ponto de vista de dois protagonistas: Téo, interpretado por Jaffar Bambirra, estudante de medicina e filho de um desembargador falecido; e Clarice, vivida por Julia Dalavia, aspirante a roteirista de cinema e filha de uma ambiciosa advogada criminalista.

As duas família se chocam quando a mãe da protagonista, Helena (Fabiula Nascimento), decide que um relacionamento entre os jovens é a melhor forma de garantir um futuro que acredita ser aceitável, buscando na filha uma forma de resolver as próprias inseguranças de um casamento em crise.

Veja as fotos

Divulgação/Globo
Téo (Jaffar Bambirra) interpreta um perseguidor obsessivo em "Dias Perfeitos", da GloboplayDivulgação/Globo
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Téo (Jaffar Bambirra) e Clarice (Julia Dalavia) em "Dias Perfeitos", da GloboplayDivulgação/Globo
Reprodução/Instagram
Téo (Jaffar Bambirra) e Clarice (Julia Dalavia) nos bastidores de "Dias Perfeitos", da GloboplayReprodução/Instagram
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Raphael Montes com elenco de "Dias Perfeitos", da GloboplayReprodução/Instagram
Globo/Lorena Zschaber
Deborah Bloch em "Dias Perfeitos", da GloboplayGlobo/Lorena Zschaber
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Téo (Jaffar Bambirra) e Clarice (Julia Dalavia) em "Dias Perfeitos", da GloboplayGlobo/Lorena Zschaber

O comportamento sombrio do rapaz começa a ser desvendado a cada rejeição da mocinha, que se opõe ao estilo de vida que lhe foi prometido ao nascer. As tentativas frustadas, porém, vão cada vez mais instigando o lado doentio de Téo, que se revela enfim o grande vilão da trama.

“Trazer o ponto de vista da Clarice foi importante para a personagem não ser apenas uma vítima. Esse ponto de vista, além de enriquecer a trama, se mostrou essencial para construir uma personagem forte e atual, apesar de tudo o que acontece com ela na história. Essa trilha foi construída com muita atenção, para os fãs do livro não se sentirem ‘traídos’, para que ela não ficasse muito diferente da Clarice da literatura. É como se a gente visse uma perspectiva da história, que não é contada no livro, por estar mais focado no olhar do Téo”, explica a autora Claudia Jouvin, responsável por adaptador o best-seller homônimo de Raphael Montes.

Em termos estéticos, a fotografia e os enquadramentos ajudam a compor essa dualidade entre os personagens. Os movimentos de câmera foram escolhidos de acordo com a personalidade de cada um, baseado em suas intenções, sensações e ações. A narrativa visual pensada para Téo foi determinada com movimentos precisos, explorando a frieza, obsessão, compulsão e perfeccionismo de suas atitudes.

Para Clarice, a direção alterna entre um estabilizador para enquandramentos rígidos e controlados; e cenas gravadas com a câmera na mão, resultando em planos desenquadrados e lente macro, a fim de passar sensações de horror, confusão, medo, desespero e angústia.

“É uma série onde a tensão está sempre muito lá em cima, é uma alta tensão o tempo inteiro. Então, a gente teve que estar muito presente do início ao fim das diárias. Tivemos várias situações. Gravando na praia, no mar, sair e entrar ali, e muita violência. Isso constantemente vai exaurindo um pouco a gente, a gente vai ficando muito cansado”, contou Julia ao gshow.

Deborah Bloch, a Odete Roitman de “Vale Tudo”, será Patrícia, mãe de Téo, que também guarda um passado e comportamento sombrios por baixo de uma atitude alto astral. “Nunca havia feito uma série desse gênero, o que achei muito interessante. Minha personagem é bem diferente de tudo que já fiz, sempre ambígua, com um quê de estranheza. Há um mistério nela e em toda a série, uma tensão constante”, revela.

A narrativa de “Dias Perfeitos” será dividida em quatro fases — Apresentação, Confinamento e Obsessão, Falsa Liberdade e Desfecho — cada uma marcada por uma evolução estética e emocional. Na fase inicial, os personagens e o cenário urbano são apresentados com uma atmosfera vibrante e realista, que aos poucos revela um tom inquietante.

“Não é uma divisão da dramaturgia, mas uma ferramenta que usamos para guiar as escolhas visuais, sonoras e de atmosfera em cada etapa da história. Essa estrutura nos ajudou a construir uma narrativa que o espectador também sente no decorrer dos oito episódios, acompanhando as transformações emocionais dos personagens”, explica a diretora Joana Jabace.

A obra tem produção da Anonymous Content BR, com roteiro de Claudia Jouvin, Dennison Ramalho e Yuri. O elenco conta também com nomes como Elzio Vieira, Julianna Gerais, Clarissa Pinheiro, Lee Taylor, Teca Pinheiro, Felipe Camargo, Giovanni Venturini, Heloísa Honein e Joana Castro.

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