Abel pede desculpas por fala machista e repórter se pronuncia: “Experiência desagradável”
A repórter Alinne Fanelli, da BandNews FM, recebeu uma resposta machista de Abel durante coletiva de imprensa após partida do Palmeiras
A repórter Alinne Fanelli, da BandNews FM, alvo de falas machistas por parte de Abel Ferreira, se pronunciou na noite de domingo (25/8), após o pedido de desculpas do treinador. Ela disse estar triste pela situação e afirmou que não soube como reagir no momento.
Alinne chegou a se manifestar primeiro pela manhã, mas voltou a soltar uma nota nas redes sociais, após Abel divulgar um comunicado onde classifica a fala machista como uma “declaração infeliz”.
“Após o jogo de ontem, ainda no ônibus que nos trouxe de volta a São Paulo, eu telefonei para a repórter Alinne Fanelli a fim de lhe dizer que não tive, de forma alguma, a intenção de lhe causar qualquer constrangimento. Utilizei a pergunta da referida profissional para transmitir uma mensagem que já estava na minha cabeça, sem me dar conta de que, naquele contexto, a declaração poderia gerar uma interpretação diferente ou soar hostil”, diz um trecho da desculpa do treinador português.
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Declaração de Alinne
Segundo a repórter, a fala machista de Abel Ferreira foi uma “experiência desagradável” com a qual não soube lidar no momento. Apesar disso, ela afirma que saiu fortalecida como profissional e mulher, agradecendo o apoio que recebeu.
Alinne ainda esclareceu que conversou com algumas pessoas logo após o episódio, ainda no estádio, incluindo o treinador português.
Veja a nota completa da repórter:
Oi gente! Passando aqui com mais calma agora para agradecer todas as mensagens de apoio, carinho e acolhimento que eu tenho recebido sem parar desde ontem. Agradecer também o apoio incondicional da Rádio BandNews FM e do Grupo Bandeirantes de Comunicação, desde o primeiro momento, com posicionamento público e empatia diante da situação.
No momento em que fiz minha pergunta, eu iria fazer dois questionamentos, um sobre o Mayke e outro sobre a convocação do Estêvão. Como houve o início de uma resposta, parei de falar por respeito ao entrevistado. Quando as palavras começaram a ser ditas, confesso que não soube como reagir e apenas pensei em focar na finalização do meu trabalho.
Deixando o estádio, tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas, inclusive, com o técnico Abel Ferreira.
Saio deste episódio triste, porque nunca passei por uma experiência desagradável como essa em 17 anos de profissão, mas me sentindo fortalecida como profissional e, principalmente, como mulher. O apoio e o acolhimento recebidos têm sido fundamentais para mim neste momento.
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Relembre a fala machista de Abel
No último sábado (24/8), após a vitória do Palmeiras sobre o Cuiabá, Abel Ferreira foi questionado sobre a situação de Mayke, que saiu da partida lesionado ainda no primeiro tempo, chorando no banco de reservas.
A resposta do português, veio em uma fala machista, citando “as três mulheres” da qual ele deve satisfação, causando constrangimento na sala de imprensa.
“Mais uma lesão. Eu tenho que dar satisfações a três mulheres só: minha mãe, minha mulher e a presidente Leila. São as únicas que têm o direito de vir falar comigo e pedir explicações. Por que perdeu, por que lesionou? As únicas. Os outros podem falar, se manifestar, elogiar ou criticar, o treinador tem que saber ouvir elogios e críticas”, disse Abel.
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