Acusado por envolvimento com apostas, Paquetá corre risco de ser banido do futebol
O jogador é suspeito de manipular eventos dentro da partida para favorecer apostadores
Lucas Paquetá, brasileiro que atua no West Ham (ING) e jogador da Seleção Brasileira, foi acusado pela federação inglesa por suposto envolvimento com apostas esportivas e a punição pode ser bem pesada, caso o jogador seja condenado. Ele pode ser punido com seis meses de suspensão até o banimento do futebol.
Segundo as regras da Premier League (Campeonato Inglês), Paquetá está sendo acusado por quatro violações da Regra E5.1, na qual detalha que um jogador “não deverá, direta ou indiretamente, tentar influenciar, para fins impróprios, o resultado, o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência em ou em conexão com um jogo ou competição”.
Paquetá é acusado de provocar cartões amarelos em quatro partidas do Campeonato Inglês, com o objetivo de “desregular” o mercado de apostas, favorecendo determinados apostadores.
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Punições
A projeção da pena é feita com base em uma tabela de punições mínimas, adotada pelo órgão independente da Federação Inglesa que está investigando o caso. Como Paquetá é acusado por quatro violações e em quatro partidas, o peso da punição pode aumentar, em caso de condenação.
O brasileiro também é enquadrado em outro artigo, o F3, já referente ao processo, por supostamente não ter dado as informações completas. Em suas redes sociais, Paquetá declarou logo após a denúncia vir a público que colaborou com toda a investigação.
O futebol inglês julga separadamente “má conduta” por apostas, das acusações de manipulação de jogos, havendo exceção apenas quando é provado que uma aposta influenciou no resultado ou decorrer de uma partida.
Apesar de não haver um detalhamento no livro de regulação da competição sobre as sanções para violações da regra em que Paquetá está sendo enquadrado, é previsto que em caso de informação privilegiada para o uso de apostas pode render ao jogador uma suspensão de seis meses até o banimento do futebol.
Segundo a acusação da FA, Paquetá “procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência nessas partidas, buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrem com apostas”.
Uma possível punição pode ser amenizada caso seja comprovado que Paquetá realmente colaborou com as investigações. O brasileiro tem até o dia 3 de junho para apresentar uma defesa formal.
Relembre o caso
O processo de investigação iniciou em agosto e se deu por conta de um incomum volume de apostas casadas em dois jogos realizados no mesmo dia, um no Campeonato Inglês, outro no Campeonato Espanhol. A aposta previa o recebimento de cartões amarelos de Paquetá e Luiz Henrique (então no Real Betis e hoje no Botafogo). Ambos foram advertidos com cartão.
Paquetá é suspeito de forçar cartões amarelos em quatro partidas entre novembro de 2022 e agosto de 2023, todas válidas pela Premier League (Campeonato Inglês).
O anúncio do caso gerou um grande impacto para o jogador, que ficou de fora da lista de convocados para a Seleção Brasileira na época, quando Fernando Diniz ainda estava no comando. Sua volta foi promovida neste ano e o meia está na lista final para a Copa América – Dorival Júnior, atual treinador da Amarelinha, não se pronunciou se haverá mudanças.
Outro prejuízo foi o afastamento do Manchester City, atual campeão inglês, interessado em pagar cerca de 70 milhões de libras (R$ 440 milhões) pelo jogador. O clube ainda está afim de contar com o brasileiro, mas com o anúncio da acusação formal de Paquetá, o negócio deve esfriar.
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