BAP, novo presidente do Flamengo, é conhecido por entrevistas polêmicas; saiba tudo
Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, foi eleito presidente do rubro-negro para o próximo triênio
O Flamengo terá um novo presidente a partir de 2025. Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, foi eleito ao cargo mais alto do clube na última segunda-feira (9/12) e carrega uma longa trajetória na política interna do rubro-negro, além de entrevistas polêmicas.
O novo presidente venceu a chapa da situação, que tinha Rodrigo Dunshee como candidato à presidência e o apoio do atual comandante rubro-negro, Rodolfo Landim. No total, BAP recebeu 1.731, Dunshee 1.166 e o terceiro colocado, Maurício Gomes de Mattos ficou com 363. Foram ainda 5 votos brancos e 7 nulos.
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Quem é BAP?
O novo presidente do Flamengo carrega uma trajetória de 15 anos na política rubro-negra, mas também uma vida profissional bem sucedida. Formado em Engenharia Civil pela UFRJ, fez mestrado em finanças pelo Coppead-RJ e fez carreira no varejo, se tornando superintendente de compras nas Lojas Americanas e na Mesbla. Depois, foi presidente da Optiglobe (atual TIVIT, multinacional brasileira de soluções digitais), da DirecTV e da Sky após a fusão. Também atuou 14 anos como CEO da empresa de TV por assinatura, sendo premiado duas vezes pela revista Consumidor Moderno.
Em 2009, ele comprou um título de sócio do Flamengo e iniciou sua carreira na política do clube. Em 2010, ele patrocinou o basquete rubro-negro com sua empresa, Sky, e ajudou na contratação de Zico como diretor técnico de futebol. Depois disso, o Galinho e BAP se tornaram grandes aliados.
BAP foi um dos responsáveis pela reestruturação do Flamengo, iniciada em 2012 após a eleição da “Chapa Azul”, que tinha Eduardo Bandeira de Mello como presidente. Foi ele quem liderou as negociações de patrocínios com Adidas, Peugeot e Caixa Econômica em 2013. Dois anos depois, rompeu com o presidente e apoiou Wallim Vasconcellos na eleição.
Ao se tornar da oposição com a reeleição de Bandeira de Mello, BAP voltou ao Flamengo apenas em 2019, como vice-presidente de relações externas e membro do conselho de futebol, também chamado de “Conselhinho”, que era um grupo de cinco pessoas (Luiz Eduardo Baptista, Marcos Braz, Diogo Lemos, Fábio Palmer e Dekko Roisman) responsável pelas contratações do clube.
No segundo mandato de Landim, BAP virou presidente do Conselho de Administração, mas não ficou muito tempo, após romper por divergências com Marcos Braz, vice-presidente de futebol. Mesmo assim, ele seguiu aliado a Landim, mas tudo desmoronou quando o atual mandatário escolheu Dunshee ao invés dele como candidato, e assim BAP se tornou oposição – o novo presidente rubro-negro expôs que tinha um acordo para ser o candidato da situação.
Polêmicas
Ao longo de sua trajetória de 15 anos nos bastidores do Flamengo, ele ficou conhecido por entrevistas impactantes. Em 2012, ele soltou uma de suas maiores “pérolas”, após ser eleito vice-presidente de marketing:
“Da situação que o Flamengo vem, eu me sinto assim: um gordinho, baixinho, meio careca cantando a Gisele Bündchen. Ela olhou para mim e sorriu. Não sei se ela está me sacaneando ou dando mole. Se estiver dando mole, quem sabe o Flamengo tenha um Natal bacana”, disse BAP na época.
Um ano depois, após o título da Copa do Brasil de 2013, ele comemorou atacando o que chamou de “hipócritas” e “cretinos” que atacaram o rubro-negro durante a campanha:
“O Flamengo cada dia mais forte para desespero dos nossos detratores, para os hipócritas, para os cretinos que não sabem o que falam. Deus perdoe vocês porque o mundo é rubro-negro. Fui!”, esbravejou.
Em 2015, ele deu uma de suas entrevistas mais polêmicas ao blog “Ser Flamengo”, atacando o então presidente Bandeira de Mello, insinuando que ele seria um “burro com iniciativa”, por não respeitar decisões tomadas em colegiado e ir em uma reunião com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) para a costura de um acordo para estipulação de preços de ingressos:
“O grupo, por unanimidade, tinha decidido em não ir à reunião do arbitral nem fazer acordo de preços com a Federação. Ele fez diferente do que foi combinado. Uma das piores (coisas) que temos na vida é burro com iniciativa. Burro com iniciativa. Ele quebra você”, disse.
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