CBF: Dirigente que assinou acordo pede anulação e queda de Ednaldo é iminente
Após recuar, Fernando Sarney expõe racha interno na CBF e amplia pressão pela saída do presidente da entidade

A crise nos bastidores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ganhou um novo e explosivo capítulo nesta quarta-feira (7/5). Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, um dos principais dirigentes da entidade e um dos que assinou o recente acordo que sustenta a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência, solicitou oficialmente a anulação do documento ao Supremo Tribunal Federal (STF). O recuo do dirigente acende ainda mais o alerta sobre a estabilidade de Ednaldo no cargo e reforça rumores de que sua queda é apenas questão de tempo.
Recuo estratégico atinge sustentação jurídica do acordo
A solicitação de Fernando Sarney é mais do que um gesto político. Trata-se de um forte movimento jurídico que pode minar definitivamente a sustentação de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. No documento enviado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Sarney alega que houve simulação na celebração do acordo firmado em janeiro, cuja validade sustentou a volta de Ednaldo ao comando da entidade. O principal argumento do dirigente é a suposta falsidade na assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, ex-presidente interino da CBF e membro do Conselho de Administração.
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Assinatura contestada e pedido de suspensão imediata
Segundo a petição, a assinatura de Nunes no termo de acordo seria juridicamente inválida, e há provas robustas que sustentam essa alegação. Com base nisso, Fernando Sarney solicita que os efeitos do acordo sejam suspensos de forma imediata e que o processo judicial interrompido após a homologação seja retomado. O documento também pede o envio do caso ao Ministério Público, para apuração dos “graves fatos” apresentados, citando expressamente ofensa à ordem pública.
Fernando Sarney rompe com Ednaldo e isola o presidente
A movimentação representa um ponto de virada estratégico. Fernando Sarney não é apenas um nome influente dentro da CBF, ele também é membro do Conselho da FIFA e filho do ex-presidente da República José Sarney. Sua adesão ao acordo em janeiro ajudou a conferir legitimidade institucional à permanência de Ednaldo. Agora, ao recuar publicamente e acusar a existência de vícios jurídicos no processo, Sarney isola ainda mais o então dirigente da entidade e amplia o desgaste interno.
Crise jurídica ressurge e ameaça retorno ao impasse de 2023
O cenário de crise remonta ao fim de 2023, quando Ednaldo foi afastado por decisão judicial sob a alegação de irregularidades na sua eleição, realizada em 2022. Após semanas de impasse e uma controversa articulação política que envolveu o governo federal, o Ministério Público do Rio de Janeiro e clubes da Série A, um novo acordo foi firmado e homologado judicialmente, devolvendo Ednaldo ao cargo. O pedido atual de revogação da cautelar coloca esse retorno em xeque.
Processo pode ser retomado e nova eleição volta ao radar
Com a possível anulação do pacto, volta à cena o processo sobre a legitimidade da eleição de Ednaldo, que havia sido paralisado. O “periculum in mora reverso”, citado na petição de Sarney, refere-se ao risco de que a manutenção da situação atual — com Ednaldo no comando — cause danos irreparáveis à governança e à imagem institucional da CBF.
Nos bastidores, dirigentes de federações estaduais, representantes de clubes e conselheiros já cogitam cenários para uma nova eleição. O apoio internacional que Ednaldo dizia ter, especialmente junto à Conmebol e à FIFA, começa a ruir. A queda, considerada impensável há poucos meses, tornou-se iminente e, provavelmente, inevitável.
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