CBF pede exclusão do Cerro Porteño após caso de racismo contra jogador do Palmeiras
Entidade cobrou punição esportiva rigorosa e encaminhou denúncia à Conmebol e à Fifa
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) solicitou à Conmebol a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20 após episódios de racismo cometidos por torcedores paraguaios contra os jogadores Luighi e Figueiredo, do Palmeiras. O caso ocorreu durante a partida da última quinta-feira (7/3), no Estádio Gunther Vogel, em San Lorenzo. A entidade também acionou a Fifa para pressionar por medidas mais severas.
O documento enviado pela CBF, elaborado pelos departamentos Jurídico e de Governança e Conformidade, tem 29 páginas e defende punições exemplares para o clube e seus torcedores. A entidade alega que o protocolo da Fifa contra racismo não foi seguido, pois o jogo não foi paralisado conforme as diretrizes do Código Disciplinar, que prevê três etapas: advertência via alto-falantes, interrupção da partida e suspensão definitiva se os atos continuarem.
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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, reforçou a necessidade de medidas mais rígidas. “O que a gente espera da Conmebol é rigor. Basta de racismo e de multas que não levam a nada. Queremos punições esportivas”, afirmou. A denúncia argumenta que sanções financeiras têm se mostrado ineficazes para coibir novos casos e que “a punição do Cerro Porteño e dos envolvidos não é apenas uma necessidade jurídica, mas uma obrigação moral e institucional”.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, também se manifestou e garantiu que cobrará ações imediatas da entidade sul-americana. “Vamos solicitar a exclusão do time paraguaio da competição”, declarou. O episódio ganhou ainda mais repercussão após o atacante Luighi desabafar na entrevista pós-jogo, em que a equipe brasileira venceu por 3 a 0.
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