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Corinthians volta a atrasar salários e tenta evitar novo desgaste com elenco; entenda

Clube ainda não quitou vencimentos de jogadores e funcionários; diretoria promete resolver pendências até quarta-feira

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O Corinthians atrasou os salários de julho, o segundo mês consecutivo. A diretoria promete quitar os valores até quarta-feira (9/8). O clube enfrenta grave crise financeira, com dívidas estimadas em R$ 2,5 bilhões, e busca alternativas para evitar atritos internos. Recentemente, o atacante Memphis ameaçou não se reapresentar devido a atrasos em pagamentos. Apesar da nova gestão ter quitado parte da dívida do Profut e aderido ao Regime Centralizado de Execuções, o clube ainda luta para cumprir obrigações de curto prazo.

          O Corinthians não efetuou o pagamento dos salários referentes ao mês de julho até o prazo previsto, que se encerrou na última segunda-feira (7/7), quinto dia útil do mês. A diretoria corre para quitar os valores devidos a jogadores e funcionários, buscando alternativas para evitar o agravamento da crise financeira e atritos internos.

          De acordo com o planejamento da gestão de Osmar Stábile, parte dos vencimentos pode ser paga ainda nesta terça-feira (8/7), com o restante sendo depositado até quarta-feira (9/7). Este é o segundo mês consecutivo em que o clube atrasa salários. Em junho, os valores foram quitados com dois dias de atraso, após a antecipação de verbas da Federação Paulista de Futebol (FPF).

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          Reprodução/corinthians
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          O episódio mais recente relacionado a dificuldades financeiras envolveu o atacante Memphis. O jogador notificou o Corinthians após o não pagamento de R$ 6,1 milhões, referentes a bônus e direitos de imagem, e chegou a ameaçar não se reapresentar com o elenco após o período de férias.

          A dívida do clube é estimada em R$ 2,5 bilhões. Desde abril, quando as contas do exercício de 2024 foram reprovadas pelo Conselho Deliberativo, o cenário econômico do Corinthians tem sido alvo de questionamentos. No dia em que assumiu o comando do clube, Stábile classificou o quadro financeiro como uma “terra arrasada”.

          Uma das primeiras medidas adotadas pela nova gestão foi quitar uma das parcelas atrasadas do Profut, no valor de R$ 3 milhões, evitando a exclusão do Corinthians do programa de refinanciamento federal.

          Na tentativa de organizar o pagamento aos credores e impedir bloqueios judiciais, o clube aderiu ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), mecanismo que permite a concentração das dívidas em uma lista única com previsão de quitação em até dez anos. Apesar disso, o Corinthians ainda enfrenta obstáculos para arcar com obrigações de curto prazo, sobretudo aquelas de caráter tributário.

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