Crise na CBF: denúncia formal tem poder para abalar a presidência de Ednaldo Rodrigues
Denúncia sobre gestão temerária foi protocolada no Comitê de Ética da CBF e pode levar a sanções, incluindo destituição de cargos

ERRATA: Por um erro da equipe do portal LeoDias, foi publicada uma arte incorreta sobre a saída de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A imagem correta foi publicada na sequência. Pedimos desculpas pela confusão e reiteramos nosso compromisso com uma cobertura jornalística responsável e baseada em fatos comprovados.
Um documento obtido com exclusividade pelo portal LeoDias revela a existência de uma denúncia formal contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, e seu aliado Ricardo Lima, vice-presidente. A petição foi enviada ao Comitê de Ética da entidade com base no artigo 27 do Código de Ética da CBF e acusa os dirigentes de suposta gestão temerária.
A denúncia se ancora em fatos já revelados anteriormente pela imprensa, especialmente pela equipe de reportagem do portal LeoDias, e busca agora dar a esses elementos um encaminhamento institucional e jurídico. O autor do pedido apresenta uma compilação de reportagens e documentos internos da CBF para sustentar que há indícios suficientes de violações éticas e administrativas que ferem os princípios da governança esportiva.
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Gestão Temerária
Gestão temerária é uma infração que pode resultar em sanções severas, como advertência, suspensão e até destituição dos cargos. O Comitê de Ética da CBF, conforme seu regulamento, será responsável por conduzir a investigação e, dependendo dos resultados, aplicar as medidas necessárias.
De acordo com o processo estipulado, o presidente da Comissão de Ética receberá a denúncia, e, se identificar indícios suficientes, poderá abrir uma investigação formal. As apurações serão realizadas pela Câmara de Investigação, seguida pelo julgamento na Câmara de Julgamento.
Caso as condutas de Rodrigues e Lima sejam confirmadas, as sanções podem variar desde advertências até a remoção definitiva dos cargos, conforme o artigo 47 do Código de Ética. A decisão final será tomada com base no que for apurado, e o resultado pode ser publicado posteriormente, conforme o rito da CBF.
Câmeras escondidas e vigilância: fatos noticiados são usados como base jurídica
O documento cita como uma das principais bases da acusação um caso revelado com exclusividade pelo portal LeoDias: o uso de câmeras escondidas dentro da sede da CBF, na Barra da Tijuca, para monitorar funcionários e diretores sem consentimento. Segundo apuração, as ordens para a instalação dos dispositivos partiram diretamente de Ednaldo Rodrigues, com o aval de Ricardo Lima.
As mensagens e áudios atribuídos a Haroldo Aguiar, então chefe de TI da CBF, foram obtidos pela reportagem e indicavam que o presidente solicitava vigilância constante sobre membros da diretoria. O caso gerou forte repercussão nos bastidores da confederação, com relatos de temor entre funcionários e suspeitas de espionagem.
Esse episódio, já amplamente divulgado, é agora reapresentado como fundamento jurídico da denúncia por gestão temerária, com base em princípios de conduta ética e respeito à integridade profissional no ambiente de trabalho.
Denúncia formal questiona estrutura paralela de poder e ingerência eleitoral
Outro ponto destacado no documento diz respeito à atuação de Ricardo Lima, vice-presidente da CBF, que, segundo a denúncia, teria atuado de forma indevida na administração da confederação, influenciando decisões sem ocupar um cargo de liderança formal em determinadas áreas, o que pode comprometer a transparência e os princípios hierárquicos da instituição.
A denúncia também aborda ingerência em processos eleitorais de federações estaduais — tema também já tratado em reportagens anteriores —. De acordo com alguns trechos, Ednaldo Rodrigues e Ricardo Lima teriam interferido em disputas pelo comando de federações locais por meio de articulações internas, pressão política e favorecimento de aliados.
Corrupção privada e má gestão: fundamentos para o enquadramento como gestão temerária
Embora o foco do documento seja a gestão temerária, a denúncia também faz menção ao possível cometimento de corrupção privada, apontando que Ednaldo teria se valido do cargo para atender a interesses pessoais e de aliados, em prejuízo da finalidade institucional da CBF. Esse trecho, embora não traga fatos novos, remete a práticas já denunciadas publicamente.
Ao final, a petição sugere que a soma dessas condutas (uso abusivo de recursos, quebra de sigilo, favorecimentos indevidos e ausência de transparência) pode configurar não apenas violação ética, mas também infrações à Lei Geral do Esporte e aos regulamentos internos da CBF.
Comitê de Ética poderá abrir investigação interna
O Comitê de Ética da CBF, responsável por zelar pelos princípios morais e administrativos da empresa, possui autonomia para deliberar sobre o recebimento da denúncia. Caso ela seja acolhida, será instaurado um processo interno que poderá resultar na aplicação de sanções, como advertência, multa, suspensão ou até destituição do cargo, dependendo do julgamento final.
De acordo com o artigo 27 do Código de Ética, dirigentes podem ser responsabilizados por ação ou omissão que causem prejuízos, independentemente de condenação judicial. Dessa forma, a representação formal busca que a CBF apure internamente as condutas de seus dirigentes, com base nas evidências já tornadas públicas.
Próximos passos e cenário político
A denúncia formal contra Ednaldo Rodrigues e Ricardo Lima chega em um momento de crescente tensão política na CBF, com críticas à centralização da gestão e à ingerência nas eleições das federações estaduais.
Ednaldo Rodrigues foi reeleito com apoio unânime das 27 federações estaduais, que desempenham papel central na estrutura de poder da CBF. Apesar disso, sua gestão vem sendo alvo de críticas e pressões de parte da imprensa, torcedores e setores do futebol, o que pressiona sua imagem pública e alimenta tensões nos bastidores da sede organizadora do futebol brasileiro
Caso o Comitê de Ética aceite a denúncia e inicie uma investigação, isso pode intensificar ainda mais a pressão sobre a presidência, comprometendo sua estabilidade no cargo. A abertura de um processo interno poderá expor controvérsias envolvendo a gestão, e as sanções previstas, como suspensão ou destituição, podem afetar diretamente a liderança de Rodrigues e suas alianças políticas, alterando o equilíbrio de poder dentro da CBF.
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