Entenda como um torcedor entrou com cabeça de porco no estádio do Corinthians
Logo que a cabeça de porco surgiu no gramado da Neo Química Arena
A imagem do clássico entre Corinthians e Palmeiras acabou sendo a cabeça de um porco atirada no gramado da Neo Química Arena. Logo o momento inusitado viralizou, veio o questionamento: como uma cabeça de porco teria entrado dentro de um estádio, em uma partida do Brasileirão? O portal LeoDias explica.
A cabeça do animal foi jogada em campo aos 28 minutos do primeiro tempo do dérbi paulista, disputado na última segunda-feira (4/11). O atacante Yuri Alberto, do Corinthians, chegou a chutar o “objeto” para fora do gramado: “Eu quase quebrei o pé, pensei que era uma almofada e fui tirar com o pé para ir longe”, disse o atleta.
Veja as fotos
Atualmente, existem equipes de segurança particulares das quais os clubes devem contratar em partidas como mandante, além de batalhões especiais da Polícia Militar que atuam nos estádios e arredores pelo Brasil, incluindo até mesmo delegacia dentro das arenas. As revistas estão cada vez mais rigorosas, além de sofisticados sistemas de segurança para entrada e monitoramento das pessoas.
Então, novamente, façamos a pergunta: como uma cabeça de porco entrou no estádio?
Momento que atiraram a cabeça de porco no gramado e ela quase atinge uma mulher que trabalhava ali.
Era MUITO pesada. Como que entraram com isso no estádio? pic.twitter.com/BJlVDg8zem
— Alan Gouveia (@falaporco_) November 5, 2024
O que diz a polícia
O delegado César Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte (Drade), relatou que pessoas que trabalhavam na montagem da festa para recepção do clube, relataram que um homem atirou a cabeça de porco em uma sacola por cima das grades do Setor Sul da Neo Química Arena horas antes do início do clássico.
Dois torcedores foram identificados e detidos pelo ato, sendo que um terceiro usando touca ninja conseguiu escapar, mas acabou sendo identificado posteriormente e também deve ser alvo do processo criminal. Segundo a ESPN, os homens presos tiveram uma proposta de acordo de R$ 4 mil como punição financeira, mas não aceitaram.
Em nota enviada ao portal LeoDias, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que os detidos foram autuados por “provocação de tumulto” e “encaminhados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), onde foi registrado um Termo Circunstanciado (TC)”.
Veja a nota completa da Secretaria de Segurança Pública:
Policiais civis da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) que atuaram na partida entre Corinthians e Palmeiras na NeoQuímica Arena identificaram dois torcedores que arremessaram uma sacola plástica com a cabeça de um animal em direção ao gramado. Eles foram detidos e autuados por provocação de tumulto, sendo encaminhados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), onde foi registrado um Termo Circunstanciado (TC). A Polícia Civil requisitou as imagens das câmeras de segurança ao clube para esclarecer a dinâmica do ocorrido.
O que diz o clube
Em contato com a assessoria do Corinthians, foi informado que o clube não vai fazer um comunicado oficial sobre o episódio, mas se prontificou a colaborar com as investigações, disponibilizando as imagens de segurança da Neo Química Arena.
Segundo o clube, a Polícia Militar é a responsável pela revista no estádio e por isso deverá seguir com as investigações.
Segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), no artigo 213, um clube pode ser punido por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto”, porém o Corinthians pode escapar de uma punição, de acordo com o inciso 3º deste mesmo artigo, no qual é previsto que “um clube pode ser isento de responsabilidade em caso de desordem, invasão ou lançamento de objetos, desde que identifique e detenha o autor do ato”.
E os envolvidos?
Não demorou para se achar o responsável pela aquisição da cabeça de porco. O influenciador corinthiano Rafael Modilhane Cicatriz postou um vídeo em suas redes sociais mostrando os bastidores da compra da parte do animal e sua ida a Neo Química Arena – menos o momento da entrada da infame cabeça no estádio.
“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores do Palmeiras], nós vamos mexer”, disse o torcedor.
Segundo a Lei Geral do Esporte, no artigo 201, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência ou invadir local restrito aos competidores, com possíveis penas de até seis meses de prisão ou multa”.
Ao final das investigações, a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) encaminhará o inquérito ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que decidirá o futuro dos torcedores, podendo ou não oferecer denúncia. Segundo o portal Lance!, o órgão pretende pedir o banimento dos estádios para os três envolvidos.
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