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“Jaaabulani”: Bordões e paixão por Garrincha marcaram relação de Cid Moreira com esporte

Cid Moreira era torcedor do Botafogo por conta de Garrincha, além de marcar a história do esporte com sua voz icônica

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          A lendária voz de Cid Moreira marcou o jornalismo brasileiro, desde sua atuação como âncora do Jornal Nacional até os bordões clássicos, que marcaram a história do futebol na TV brasileira, além disso o jornalista nutria uma paixão especial por Garrincha.

          Cid Moreira era Botafogo

          Nascido em 1927, Cid Moreira cresceu em sua juventude acompanhando elencos icônicos do Botafogo, além da ascensão da seleção brasileira rumo ao primeiro título mundial em 1958 até o tri em 1970.

          “O Garotinho [narrador] divulgou muito isso. ‘O Botafogo do Cid’ (risos). Na época eu realmente torcia para o Botafogo. [O Botafogo] Também tinha o Nilton Santos, outro grande jogador, Didi também”,  relembrou Cid em participação no programa SporTV.

          Apesar de sua voz icônica ter nos deixado bordões como o clássico “Jaaaaabulani”, Cid Moreira também afirmou que não tinha uma relação tão próxima com o futebol, mesmo assim se tornou botafoguense, principalmente pela paixão que nutriu por “Mané” Garrincha.

          Já a relação de Cid com o futebol em sua infância foi conturbada, principalmente nas peladas com os amigos:

          “Nunca fui muito apaixonado por futebol… Quando era garoto aí sim eu gostava da bola. Jogava até com bola de meia. Mas geralmente, quando era bola de couro, naquele tempo a chuteira tinha trava, o adversário vinha, me dava um empurrão, um chutinho. Aí eu já partia para a porrada (risos)”, brincou.

          O Botafogo homenageou o jornalista em suas redes sociais: “Hoje nos despedimos de Cid Moreira, um dos maiores nomes da TV e do jornalismo brasileiro. O Botafogo de Futebol e Regatas lamenta a partida de um grande ícone da comunicação, o reverencia pelo trabalho inconfundível que marcou gerações e deseja força aos familiares. Obrigado, Cid!”, diz a legenda do post em homenagem a Cid.

          Veja as fotos

          Botafogo homenageou Cid Moreira, bem como outros clubes do Brasil (Reprodução)
          Botafogo homenageou Cid Moreira, bem como outros clubes do Brasil (Reprodução)
          Cid Moreira no Redação SporTV falando sobre sua relação com o futebol (Reprodução)
          Cid Moreira no Redação SporTV falando sobre sua relação com o futebol (Reprodução)
          "Jaaaaaabulani" se tornou um grande bordão da Copa do Mundo de 2010 (Reprodução)
          "Jaaaaaabulani" se tornou um grande bordão da Copa do Mundo de 2010 (Reprodução)

          Jaaaaaaaabulani

          Em 2010, a bola oficial da Copa do Mundo da África do Sul se tornou centro de uma grande polêmica, após atletas de diversos países criticarem a sua qualidade. Com o nome de “Jabulani”, que na tradução do zulu significa “celebrar”, ela se popularizou no Brasil de uma forma diferente, na voz marcante de Cid Moreira.

          Em reportagens do Fantástico e do Jornal Nacional, Cid Moreira chamava a bola de “Jaaaaaabulani”, com sua voz icônica e inconfundível – o bordão foi sensação na Copa do Mundo de 2010. Curiosamente, Cid admitiu que não sabia sequer o significado do nome da bola.

          Mick Jagger!! 

          A Copa do Mundo de 2010 pode ter sido triste para a seleção brasileira, eliminada nas quartas de final para a Holanda, mas Cid Moreira trouxe alegria e irreverência. Sua voz marcou outro bordão clássico no torneio: Miiiick Jagger!! 

          O vocalista do Rolling Stones acabou sendo o grande pé frio da Copa do Mundo. Mick Jagger esteve em diversas partidas, torcendo por mais de uma seleção e todas elas perderam quando o cantor vestiu a camisa delas – incluindo o Brasil.

          Velório da Chapecoense

          Além de se popularizar na bancada do Jornal Nacional e construir uma história lendária como jornalista, Cid Moreira também ficou marcado por suas gravações de passagens bíblicas e, na leitura de uma delas, causou grande comoção.

          Em 2016, uma tragédia marcou a história da Chapecoense, após a queda do avião do clube quando partiam para a final da Copa Sul-Americana. No velório de jogadores, realizado no estádio do clube, Cid Moreira emocionou o público.

          Cid leu o capítulo 13 da primeira epístola de Paulo aos Coríntios, que fala sobre o amor. A leitura no gramado da Arena Condá foi um momento marcante no velório das vítimas.

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