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Justiça do Rio anula suspensão de ex-presidente da CBF acusado de assédio

Rogério Caboclo foi eleito presidente da CBF em 2018 e teve direitos políticos suspensos em 2021

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A CBF vive um momento político caótico e, na última quinta-feira (18/1), uma decisão da Justiça do Rio esquentou ainda mais os bastidores. O ex-presidente da entidade máxima do futebol brasileiro, Rogério Caboclo, afastado em 2021 acusado de assédio, conseguiu uma liminar na Justiça do Rio para recuperar os direitos políticos e agora pode se candidatar novamente a cargos eletivos no esporte.

As punições que Rogério Caboclo conseguiu suspender foram impostas pela Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, órgão criado em 2017 para gerir práticas e comportamento dentro do meio esportivo. O ex-presidente da CBF havia sido afastado por 21 meses e, depois, por mais 20 meses.

Decisão da Justiça

A decisão veio da juíza Flávia de Almeida Vieira de Castro, da 6ª Vara Cível do Tribunal Regional da Barra Tijuca. Em um dos trechos, a magistrada afirma que “o autor [Rogério Caboclo] reclama a concessão da tutela” por “afirmar e indiciar que houve apenas um véu de legalidade a encobrir um processo eivado de irregularidades, que conspurcaram o devido processo legal e o impediram de realizar uma correta defesa de seus interesses”.

Em uma definição simples, a defesa de Rogério Caboclo alega que há irregularidades no procedimento que culminou com seu afastamento do futebol.

Em setembro de 2021, cerca de dois meses após o afastamento de Caboclo da CBF, o dirigente fez um acordo com o Ministério Público do Trabalho e pagou uma quantia para que o processo fosse arquivado.

Em nota, os advogados do ex-presidente afirmaram: “Rogério não responde a qualquer processo judicial decorrente dos fatos geradores do procedimento cuja suspensão foi determinada”.

Relembre o caso

Em 4 de junho de 2021, foi deflagrada denúncia de assédio sexual e moral de funcionária contra Caboclo. O caso foi à Comissão de Ética da CBF e à Diretoria de Governança e Conformidade. O dirigente foi afastado do cargo por 30 dias, sendo renovado em 3 de julho por mais 60 dias.

Na denúncia, a funcionária detalhou o dia em que Caboclo, após sucessivos comportamentos abusivos, perguntou se ela se “masturbava” – o áudio desta conversa foi revelado pelo Fantástico em 6 de junho. Entre outros episódios, segundo a funcionária, o dirigente tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de “cadela”.

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