Justiça nega adiamento de julgamento que pode destituir presidente da CBF
O pedido feito no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foi rejeitado
Na noite desta segunda-feira (4/12), o atual comandante da CBF perdeu o primeiro round na disputa contra os ex-presidentes. O desembargador Gabriel Zefiro, da 21ª Câmara de Direito Privado do TJRJ, negou o pedido de adiamento do julgamento que pode tirar Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente.
O advogado da CBF, Rafael Barroso Fontelles, fez o pedido devido ao fato de ter assumido o caso recentemente, mas Zefiro não acatou: “Prossiga-se em julgamento, considerando que o substabelecimento foi outorgado com reservas e há tempo hábil para a preparação no novo patrono em relação ao julgamento presencial”, disse em despacho o desembargador. O julgamento acontecerá na próxima quinta (7/12).
Entenda a ação
Tudo começou em 2018, em ação movida para questionar os critérios eleitorais na CBF. Em 2021, após a destituição do presidente Rogério Caboclo, acusado e inocentado de assédio sexual, foi novamente questionado na Justiça os critérios usados para os pesos de votantes nas eleições, que estariam ferindo a Lei Pelé, sem acordo.
Em decisão extrajudicial homologada pelo Ministério Público e a CBF em primeira instância, foi feito o compromisso da entidade seguir a Lei Pelé nas eleições, que foram marcadas para julho de 2022 e tiveram o então presidente interino Ednaldo Rodrigues como o grande vencedor.
Entra nesta história a partir daí a figura de Gustavo Feijó, ex-presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), que contesta o acordo com recurso no TJ-RJ, justificando que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado por MP e CBF não poderia ser homologado na primeira instância. O caso agora corre na 21ª Câmara de Direito Privado.
Guerra interna
Del Nero e Teixeira, aliados de Feijó e ex-presidentes da CBF, estariam aproveitando o clima de insatisfação constante na entidade, que se dá por conta de acordos políticos não cumpridos, além de várias contrariedades na centralização de decisões que Ednaldo teria promovido.
Segundo o UOL, a gestão Ednaldo está acumulando atrasos em pagamentos e até mesmo contas não pagas, sendo alvo de fornecedores que estariam movendo processos na Justiça. Outro alvo de polêmicas acabou por ser o adiantamento de R$ 9 milhões para quatro clubes da Série B na reta final do campeonato, dos quais três deles subiram.
Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero carregam um passado de polêmicas na CBF, onde ambos saíram pela porta dos fundos. Teixeira ficou por 23 anos, entre 1989 e 2012, saindo ao pedir renúncia após descambar várias acusações de corrupção, das quais levou o dirigente a ser banido do futebol pela FIFA, em 2019.
Del Nero foi seu sucessor eleito, em 2014, mas não ficou por muito tempo à frente da CBF, sendo também condenado pela FIFA e banido do futebol em 2018. O dirigente chegou a ficar recluso, sem viajar para os EUA, para não ser preso por corrupção.
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