Medida protetiva e cotas: entenda guerra fria entre presidente do Palmeiras e organizada
Novo anúncio de cortes em ingressos piorou o clima entre torcida e dirigente
As coisas estão complicadas no Palmeiras em meio a um dos jogos mais importantes do ano para a equipe paulista. A guerra fria entre torcedores de uma organizada e a presidente Leila Pereira ganhou mais um capítulo, após um corte nos ingressos para a partida contra o Boca Juniors na Argentina, pelo primeiro jogo da semifinal da Libertadores. O portal LeoDias te explica agora tudo que está acontecendo.
A Mancha Alviverde, que tradicionalmente tem prioridade na compra de ingressos em partidas do Palmeiras, teve esse benefício cortado por Leila. Os palmeirenses, sendo ou não de organizada, que quiserem comparecer em Buenos Aires para ver a partida, terão de comprar o ingresso por meio de critérios de preferência do Avanti, programa de sócio-torcedor do clube, e terão de desembolsar a quantia de R$ 300, sem direito a meia-entrada ou desconto para sócios.
Tem cota ou não?
De acordo com o Estadão, o Palmeiras nunca disponibilizou cota de ingressos para torcidas organizadas, mas o próprio presidente da Mancha Alvi Verde desmentiu o clube e afirmou que sempre foi atendido quando solicitou carga de ingressos.
“Pedimos para que separasse pelo menos 500 dos 2 mil ingressos”, afirmou ao Estadão Jorge Luís Sampaio Santos, presidente da Mancha Alvi Verde, sobre a partida contra o Boca. “Quem perde é o Palmeiras de não ter uma torcida que tenha o DNA de arquibancada, que fez o que fez em Montevidéu, Abu Dhabi e no Mineirão recentemente”, completou.
Treta antiga
Não é a primeira polêmica do ano entre Mancha Alvi Verde e a presidente Leila. Tudo começou lá no início do ano, por uma contratação bem longe dos campos. O jornalista Olivério Júnior, contratado como diretor de comunicações, revoltou a torcida por ser acusado de ser corintiano – rival da equipe paulista -.
Com protestos frequentes, pressionando pela saída do profissional, começaram os rebates de Leila, que além de presidente do Palmeiras é uma forte empresária, dona da empresa Crefisa, e patrocinadora da escola de samba Mancha Verde – ligada à torcida organizada -.
A briga se intensificou e a mulher forte da equipe paulista cortou o patrocínio para a escola de samba, aumentando a tensão. As coisas pioraram já que Olivério, mesmo defendido por Leila, não aguentou a pressão e pediu para sair.
Depois disso as coisas ficaram ainda piores, com a presidente do Palmeiras pedindo que os torcedores organizados devolvessem R$ 200 mil doados pela dirigente para que viajassem para Abu Dhabi, onde os paulistas disputaram o Mundial de 2021.
Desde então, essa guerra fria esquenta cada vez mais, tanto que Leila chegou a pedir medida protetiva contra a Mancha Alvi Verde. O momento de instabilidade que o Palmeiras viveu foi também outro artifício para os protestos da organizada, bem como a falta de contratações de peso do time, que teve como grande anúncio da temporada, a compra de um avião.
Agora, os paulistas disputam a semifinal da Libertadores, em busca do quarto título no torneio continental, além de sair na caça do Botafogo, em busca do título brasileiro. Mesmo melhorando e vislumbrando títulos, a guerra fria entre organizada e presidente deve continuar.
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