Orçamento TOP-5 e veto a rivais: Saiba detalhes do contrato entre Vasco e 777
A empresa estadunidense teve o contrato com a Vasco SAF revelado
Dividido em dois, o Vasco vive uma guerra judicial contra a sócia 777 Partners e esse imbróglio ganhou um novo capítulo na última quinta-feira (10/11). Em decisão da juíza Melissa Bertolucci, da 27ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), o contrato entre a empresa e o clube foi revelado publicamente.
A ação foi apresentada pela consultoria holandesa KPMG, responsável pela intermediação do negócio em que a 777 adquiriu 70% da Vasco SAF. Segundo os europeus, a empresa estadunidense está devendo R$ 17,9 milhões dos R$ 24,5 milhões acordados – apenas R$ 6,6 milhões foram pagos, em setembro de 2022. A 777 Partners entrou com um pedido para que houvesse segredo de Justiça, porém o contrato foi revelado pelo GE.
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Orçamento
No orçamento, está previsto que a 777 Partners deveria aportar ao menos R$ 360 milhões nos anos de 2022 e 2023 “para a compra de direitos federativos e a folha salarial do departamento de futebol”, incluindo futebol masculino e feminino.
Para as temporadas 2024, 2025 e 2026, o pacote de investimento previsto era de R$ 250 milhões ou 56% da receita anual, que levava em consideração desconto de até R$ 50 milhões em vendas de atletas.
Para 2027, a previsão é de que a 777 Partners colocaria o Vasco “entre os cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro”, prevendo que a meta seria batida em caso de a equipe terminar a temporada em posições pré-estabelecidas: campeão da Libertadores, Copa do Brasil, Sul-Americana; no mínimo sexto lugar no Brasileirão; e classificado para a Libertadores do ano seguinte.
No contrato, também é previsto que até R$ 28 milhões devem ser destinados a custos de estruturação da empresa e da transação (comissões de assessores), além de R$ 25 milhões em obras de modernização e renovação de ambos os centros de treinamento e/ou aquisição e construção de outros.
Caso as obrigações financeiras não fossem cumpridas pela 777, a empresa estadunidense não poderia repassar os dividendos aos sócios, ou seja, mesmo que a SAF desse lucro, esse dinheiro não poderia ser recolhido.
Vetos e promessas
Existe no contrato o veto a rivais no futebol, sendo citadas nomes de empresas que controlam equipes ao redor do mundo: Eagle Football, de John Textor (Botafogo, Crystal Palace, Lyon), City Football Group (Bahia, Manchester City, Girona), Pacific Media Group (Barnsley, Nice), Fenway Sports Group (Liverpool) e Red Bull GmbH (Red Bull Bragantino, RB Leizig).
Outro ponto de destaque, é a promessa de que o Vasco seria o “carro-chefe” do grupo na América do Sul, ou seja, caso a 777 comprasse outro time em qualquer outro país do continente, o Cruzmaltino seria priorizado.
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