Presidente da LaLiga reforça oposição ao Mundial de Clubes: “Tira recursos das ligas”
Javier Tebas afirma que novo formato da FIFA compromete calendário, afeta a audiência da liga espanhola e amplia o desequilíbrio econômico no futebol

O presidente de LaLiga, Javier Tebas, voltou a criticar duramente o Mundial de Clubes da FIFA. Em sua participação no Sports Summit Madrid, na quarta-feira (18/6), o dirigente espanhol apontou riscos à integridade física dos atletas, prejuízos ao calendário nacional e danos financeiros às ligas locais. Segundo ele, o modelo atual do torneio é “uma questão de saúde para os cerca de 250 jogadores que participam dessas competições, que chegam sobrecarregados”.
A edição de 2025 do Mundial, com 32 clubes e final marcada para 13 de julho nos Estados Unidos, contará com a participação de equipes espanholas. Tebas alertou que, caso Atlético de Madrid e Real Madrid avancem até as oitavas de final, a estreia dos clubes na temporada 2025/26 da LaLiga, prevista para 16 de agosto, terá de ser adiada, comprometendo a exposição da rodada inicial do torneio.
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“Se o Atlético e o Real Madrid chegarem longe (na competição), será preciso adiar seus jogos da primeira rodada, e isso prejudica o campeonato. A primeira rodada é uma das mais importantes, porque as emissoras estão especialmente atentas”, afirmou.
O dirigente também apontou desigualdades econômicas como consequência do torneio promovido pela FIFA. Para ele, os valores recebidos pelos participantes do Mundial desequilibram o mercado e esvaziam a sustentabilidade das ligas nacionais.
“O dinheiro do Mundial de Clubes tira recursos das ligas nacionais, de uma indústria que emprega 60 mil pessoas. Se já existe muita diferença entre grandes, médios e pequenos clubes, imagine com uma injeção de capital de 100 milhões ou mais”, criticou.
Tebas ainda comentou notícias divulgadas pela imprensa sobre a possibilidade de a FIFA pressionar ligas a reduzirem o número de participantes. A mudança, segundo ele, teria impacto severo nas finanças dos clubes.
“Hoje li no Marca que a FIFA está pensando em obrigar algumas ligas a reduzirem de 20 para 18 equipes. Primeiro, ela não pode nos obrigar, e nem nós, nem a Premier League ou a Bundesliga aceitaremos. Segundo, o impacto econômico seria enorme. Não é o mesmo disputar 10 meses de campeonato e jogar apenas 8. A receita pode cair 40% ou 45%. Isso gera problemas salariais e financeiros sérios para os clubes”, alertou.
Javier Tebas tem sido um dos principais opositores do atual modelo de expansão internacional da FIFA. Em declarações anteriores, o dirigente já havia chamado o torneio de “completamente absurdo” e reforçou nesta terça sua posição: “Meu objetivo é garantir que não haja mais Copa do Mundo de Clubes, isso está muito claro para mim.”
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