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Velório de Arlindo Cruz será realizado em formato de gurufim. Saiba o que é

Neste sábado (9/8), o corpo de Arlindo será velado na quadra do Império Serrano, em Madureira, Zona Norte do Rio, em uma cerimônia que seguirá esse formato

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          No imaginário popular, há despedidas que se recusam a ser apenas momentos de silêncio e lágrimas. Entre elas está o gurufim, um costume trazido da África para o Brasil durante o período da escravidão, que mistura reverência e celebração. Essa é a atmosfera evocada pelos versos bem-humorados de J. Carioca, interpretados também por Arlindo Cruz: “Eu vou fingir que morri, pra ver quem vai chorar por mim e quem vai ficar gargalhando no meu gurufim. Quem vai beber minha cachaça e tomar do meu café e quem vai ficar paquerando a minha mulher”.

          Neste sábado (9/8), o corpo de Arlindo será velado na quadra do Império Serrano, em Madureira, Zona Norte do Rio, em uma cerimônia que seguirá esse formato. A homenagem incluirá música, dança e a batida da bateria verde e branca, transformando o encontro em um tributo à sua vida.

          Veja as fotos

          Foto: Divulgação/Instagram @babicruz
          Velório de Arlindo Cruz será no formato gurufimFoto: Divulgação/Instagram @babicruz
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          Arlindo Cruz o sambista que revolucionou o gênero e marcou geraçõesReprodução
          Crédito: Thiago Duran - AgNews
          Cantor, compositor e músico Arlindo Cruz faleceu nesta sexta-feira (8/8)Crédito: Thiago Duran - AgNews
          Crédito: Reprodução Instagram @arlindocruzobem
          Cantor, compositor e músico Arlindo Cruz faleceu nesta sexta-feira (8/8)Crédito: Reprodução Instagram @arlindocruzobem
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          Arlindo CruzReprodução
          Reprodução: Instagram/@arlindocruzobem
          Nota emitada pela família de Arlindo Cruz, que morreu após conviver com sequelas de um AVC hemorrágicoReprodução: Instagram/@arlindocruzobem
          Crédito: Reprodução Instagram @arlindocruzobem
          Cantor, compositor e músico Arlindo Cruz faleceu nesta sexta-feira (8/8)Crédito: Reprodução Instagram @arlindocruzobem
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          Arlindo CruzReprodução: Instagram/@arlindocruzobem
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          Arlindo CruzReprodução: Instagram

          Para o historiador Luiz Antônio Simas, o gurufim é a expressão de um luto que não sufoca a alegria. Ele descreve o ritual como um momento em que “o samba divide espaço com homenagens e lembranças” e, ao mesmo tempo, como uma estratégia simbólica para “enganar a morte”. O historiador lembra que, segundo Luís da Câmara Cascudo, a palavra “gurufim” remete a “golfinho”, figura presente em mitos antigos como guia das almas para o além.

          Documentos e relatos mostram que, entre as décadas de 1930 e 1940, esse tipo de despedida era frequente em comunidades negras e mais pobres, reunindo amigos e vizinhos em torno de música, comida e histórias. Uma reportagem de 1949, da revista O Cruzeiro, já registrava velórios onde a tristeza dava lugar ao som de instrumentos e vozes, preservando a memória de quem partiu.

          Famosos que foram velados em cerimônias gurufim

          • Bira Presidente

          O cofundador do Fundo de Quintal e ícone do Cacique de Ramos foi homenageado com um encontro musical no próprio velório. A despedida começou com “O show tem que continuar” e seguiu com “A amizade”, cantadas por integrantes dos dois grupos e por fãs que erguiam instrumentos e discos.

          • Sérgio Cabral

          Velado na sede náutica do Vasco, na Lagoa, antes de ser sepultado no Memorial do Carmo, o escritor e jornalista recebeu um tributo da Mangueira, escola de seu coração. Ritmistas tocaram “Meninos da Mangueira” ao lado do caixão, substituindo o silêncio por um clima de roda de samba.

          • Monarco

          Na quadra da Portela, em dezembro de 2021, o presidente de honra da escola foi cercado por artistas como Paulinho da Viola, Marisa Monte e Diogo Nogueira. Entre choros e sorrisos, a roda de samba que se formou reafirmou sua ligação eterna com o bairro de Oswaldo Cruz.

          • Beth Carvalho

          O último adeus à “Madrinha do Samba” aconteceu na sede do Botafogo, em 2019. Amigos e parceiros como Zeca Pagodinho cantaram sucessos como “Andanças” em uma despedida que mais parecia um show em sua homenagem.

          • Almir Guineto

          O banjo de Almir se calou, mas a quadra do Salgueiro, sua escola do coração, ecoou seu repertório. Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e a Velha Guarda conduziram a roda de samba antes do cortejo para o Cemitério de Inhaúma.

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