Remédio para ereção e Picanha: Corinthians pagou R$ 86 mil em gastos pessoais de ex-presidente
Notas fiscais revelam uso do cartão corporativo do clube com despesas como cerveja, cigarro e até medicamento para disfunção erétil
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O ex-presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, é acusado de usar o cartão corporativo do clube para gastos pessoais de cerca de R$ 86 mil, incluindo cervejas, cigarros e remédios para disfunção erétil. As compras teriam ocorrido em 36 dias, totalizando 176 transações. Grande parte dos gastos foi em um suposto minimercado em um endereço residencial distante da sede do clube, levantando suspeitas sobre a veracidade do estabelecimento. O Corinthians ainda não se pronunciou sobre o caso.
Um relatório da gestão de Duílio Monteiro Alves, ex-presidente do Corinthians, apontou que foi feito pagamentos que somam R$ 86.524,62 em serviços de uso pessoal. O dirigente comandou o clube entre 2021 e 2023. Segundo o Ge.Globo, as compras teriam sido realizadas por meio do cartão corporativo da presidência. As apurações foi confirmada pelo portal LeoDias.
As despesas seriam comprovadas por cupons e notas fiscais, e incluem cortes de carnes nobres como picanha, cervejas, cigarros e até tadalafila, medicamento utilizado no tratamento de disfunção erétil. A apuração indica que em 36 dias, ocorreram 176 aquisições com recursos do clube.
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As notas fiscais, não identifica o comprador, mas algumas trazem nome e CPF de Duílio e de Denílson Grillo, conhecido como “Carioca”, motorista do ex-presidente.
Segundo o relatório, cerca de R$ 80 mil foram adiantados à presidência, enquanto os R$ 6.524,62 restantes teriam sido pagos em espécie ao longo de três datas em outubro de 2023: R$ 30 mil no dia 2, R$ 20 mil no dia 16 e outros R$ 30 mil no dia 30. O valor reembolsável a Duílio seria exatamente o saldo final de R$ 6.524,62.
Endereço questionado
Os gastos em supermercados foram os mais altos da planilha, somando quase R$ 58 mil. O principal fornecedor foi o “Oliveira Minimercado”, que emitiu sete notas entre os dias 18 e 31 de outubro, totalizando R$ 32.580.
O minimercado, no entanto, fica em uma residência no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, a mais de 35 km da sede do Corinthians. Moradores do imóvel disseram, em entrevista ao Ge.Globo, que o endereço não abriga nenhum estabelecimento comercial nos últimos anos.
Nove dias antes da primeira nota atribuída ao Oliveira Minimercado, a empresa era registrada com outra razão social e atividade econômica “Oliveira Obras de Alvenaria”.
Procurado pela reportagem, o Corinthians ainda não se manifestou até o fechamento desta matéria.
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