Rio, Paris e Londres: como Thiago Silva se tornou ídolo de três semifinalistas do Mundial?
Além do Fluminense, clube que defende atualmente, o zagueiro tem passagens marcantes por Chelsea e Paris Saint-Germain

A semifinal da Copa do Mundo de Clubes reúne Fluminense, Chelsea (ING), Paris Saint-Germain (FRA) e Real Madrid (ESP). Os duelos serão especiais para milhões de torcedores ao redor de todo o planeta, além reunir de diversos candidatos à protagonista em campo. No entanto, uma pessoa se destaca em meio à multidão. Trata-se de Thiago Silva!
É que, além do desejo de se tornar o primeiro vencedor da competição, três dos quatro integrantes desta fase têm outro ponto em comum: o zagueiro brasileiro, considerado ídolo histórico dos representantes do Rio de Janeiro, Paris e Londres. Entre o quarteto semifinalista do Mundial, a única exceção é o gigante espanhol, já que o defensor nunca atuou por nenhum clube do país.
Veja as fotos
Leia Também
Com as camisas de Fluminense, PSG e Chelsea, Thiago Silva construiu uma trajetória marcada por cortes, desarmes, títulos e até gols, além de muita idolatria. Mas qual a origem desse senso de pertencimento que o defensor de 40 anos gera nos clubes por onde passou? Para entender a ligação, é preciso voltar mais de duas décadas.
O início em Laranjeiras

Reprodução/@thiagosilva
Em termos de conquistas, a passagem de Thiago Silva pelo Fluminense pode parecer pequena, sobretudo comparadas aos troféus já levantados pelo zagueiro e também do clube carioca. No entanto, a Copa do Brasil de 2007 é apenas a cereja do bolo dessa relação duradoura e até conflituosa, que começa ainda durante a infância e é carregada de simbolismo.
O atleta é formado nas categorias de base do Tricolor, tendo atuado dos 11 aos 18 anos. Apesar da estreia profissional no Pedrabranca-RS, na época RS Futebol Clube, é Moleque de Xerém, como a torcida chama os jogadores oriundos da base. Após passagens por outras equipes, voltou ao Fluminense em 2006, com 21 anos.
No ano seguinte, já com a armadura profissional, Thiago ajudou o clube a encerrar um jejum de 23 anos sem títulos nacionais com o triunfo na Copa do Brasil. Em 2008, foi vice-campeão da Libertadores, além de eleito melhor zagueiro do Campeonato Brasileiro. Ali, a idolatria já estava formada. A transferência para o Milan, da Itália, foi apenas o caminho natural para o “Monstro”.
A consolidação em Paris

Reprodução/@thiagosilva
Depois de quatro temporadas com a camisa rossonera, um novo destino na Europa: Paris! O PSG, àquela altura um novo rico do futebol mundial, queria mostrar ao mundo seu poderio financeiro e esportivo. E Thiago Silva foi um dos grandes nomes que desembarcaram na Cidade da Luz nos anos seguintes.
No Paris Saint-Germain, foram 315 jogos ao longo de oito temporadas. O clube que ele mais defendeu na carreira. E onde também foi mais vitorioso: sete títulos da Ligue 1, seis Copas da Liga Francesa, seis Supercopas da França e cinco Copas da França. Além dos troféus, as atuações e a liderança do zagueiro conquistaram a torcida parisiense.
No entanto, uma pedra no sapato seguiu a relação entre clube e atleta: a Champions League. A cada nova temporada, as expectativas aumentavam. Do mesmo modo, ficavam pelo caminho. A mais cruel dela talvez tenha sido justamente a última, já que Thiago Silva se despediu do PSG após a derrota para o Bayern de Munique, na final da temporada 20/21. Somado à frustração do vice-campeonato, um término de contrato indesejado pelo jogador, que queria renovar, já com 35 anos, enquanto o clube optou por deixá-lo ir, mesmo com homenagens nas arquibancadas.
O triunfo londrino
Veja as fotos
Quem aproveitou a saída melancólica do Parque dos Príncipes foi o Chelsea, que não se importou com a idade avançada e logo lhe ofereceu dois anos de contrato — que virariam quatro. Na primeira temporada pelos Blues, o título que faltava chegou, e Thiago Silva finalmente alcançou o topo da Champions League.
O troféu veio acompanhado do Mundial de Clubes — ainda no antigo formato, sendo eleito o melhor jogador da competição —, e da Supercopa da Europa. A rápida identificação com os ingleses foi potencializada pela liderança dentro e fora de campo. Na temporada de despedida, mais uma vez homenageado, e com direito à frase no bandeirão em português: “Obrigado, Monstro: um de nós”.
Após a saída, mais homenagens e gestos de carinhos e reconhecimento de ambos lados. Enquanto a torcida elegeu Thiago Silva para o “11 ideal de todos os tempos” da equipe, o zagueiro confiou ao clube a tarefa de iniciar a carreira de seus filhos. Isago e Iago atuam pela base dos Blues e moram em Londres com a mãe, Belle Silva.
O retorno e reencontro
As s seguidas renovações com o Chelsea aumentavam a idolatria na Inglaterra. Por outro lado, davam indícios de desgaste na relação com os cariocas. Não era comum encontrar tricolores críticos ao zagueiro por uma suposta demora para o retorno. A volta de Marcelo, outro cria da base e destaque no futebol europeu, gerou comparações.
Até que, em meio a temporada de 2024, o martelo foi batido: Thiago Silva retornou ao Fluminense, que, menos de um ano após conquistar a Libertadores, brigava contra o rebaixamento no Brasileirão. O respiro de alívio veio só na última rodada, e pode se dizer que a permanência na primeira divisão passa muito pela performance esportiva e a liderança do camisa 3.
Um ano depois, o elenco se vê em mais um momento decisivo. Para Thiago, ainda mais. Fluminense e Chelsea se enfrentam às 16h (de Brasília) desta terça-feira (8/7). O vencedor do duelo enfrenta PSG ou Real Madrid na final da Copa do Mundo de Clubes.
Transforme seu sonho com a força do esporte. Aposte agora na Viva Sorte!Acesse clicando aqui!
Fique por dentro!
Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.
Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.