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Senna 64 anos: mesmo 30 anos após sua morte, tricampeão segue imortal

Neste 21 de março, Ayrton Senna completaria 64 anos

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Não existe um 21 de março desde o fatídico 1º de maio de 1994, no qual Ayrton Senna não seja lembrado e homenageado como o grande tricampeão que foi. Com uma partida dolorosa, o brasileiro que animou as manhãs de domingo dos brasileiros completaria 64 anos nesta quinta-feira e o portal LeoDias decidiu relembrar alguns grandes momentos do piloto.

Nos 10 anos em que esteve na Fórmula 1, Ayrton Senna conseguiu 41 vitórias, ficando por 80 vezes entre os três primeiros e largando ainda no primeiro lugar por 65 vezes.

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Dentre as 161 corridas disputadas, por muitas vezes Senna fez o brasileiro “vidrar” os olhos na TV, enchendo de orgulho o país que, entre os anos 1980 e 1990, vivia em crise financeira e via no esporte um escape para a “agonia” da hiperinflação.

Ayrton Senna do Brasil!

O esporte preferido do brasileiro era ouvir Galvão Bueno gritar “Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil!”, seguido do tema da vitória e, ainda, com o piloto pegando a bandeira verde-amarela logo após cruzar a linha de chegada.

Entre os episódios em que este momento se repetiu, poucos emocionaram tanto como as vitórias em São Paulo, no GP do Brasil em 1991 e 1993. Ambas com histórias marcantes.

Com a McLaren dominante no grid, Senna já havia alcançado o bicampeonato mundial, mas nunca tinha vencido no Brasil, e isso se tornou sua obsessão. Em 1991, tudo caminhava para a quebra desse tabu, até o câmbio do carro do piloto o “trair”, com as marchas quebrando uma por uma, sobrando apenas a sexta. Como vencer assim? O piloto explicou:

“É um dia que vai ficar na minha memória por toda a minha vida. No início, tivemos problemas com jogo de pneu (…) E meu problema passou a ser o câmbio (…) de repente eu perdi totalmente a quarta, faltando 20 voltas (…) De repente eu fiquei sem a quinta, sem a terceira, nada funcionou, faltando oito voltas para o final e a única marcha que entrou foi a sexta e aí eu coloquei a sexta e fui em sexta”, disse Senna em entrevista após a corrida:

 

Rei da chuva

Passados dois anos, com um equipamento inferior, foi o talento de Ayrton Senna na chuva que o fez ganhar novamente no Brasil, em um momento emocionante, onde o piloto supera o que ele chamou de carro “de outro mundo” das Williams, cruza em primeiro e vê Interlagos ser tomada pela multidão de brasileiros que invadiram a pista.

Aquele é um dos grandes momentos da história na Fórmula 1, que ficou conhecida como a “volta mais longa de consagração” de um piloto após uma vitória, onde Ayrton Senna, nos braços do povo, deixou o seu monoposto no meio da pista, voltou com o carro de segurança e foi cumprimentando a todos que requisitavam sua atenção.

Vale lembrar que Senna ganhou a alcunha de “Rei da chuva” na Fórmula 1, porém sua primeira corrida no kart em pista molhada foi um desastre. Por isso, treinou todos os dias até se tornar o mestre nesta condição.

Senna foi um grande tricampeão, dedicado a sua função, revolucionário como piloto, implementando novidades em um meio que, nos anos 80, ainda caminhava de forma amadora. Por treinar como um atleta, cuidar de sua imagem e ainda se dedicar ao aprimoramento de sua técnica, para muitos (até mesmo quem nunca o viu correr), Ayrton Senna é o maior piloto de todos os tempos.

 

Veja as fotos

Vitória de Senna no Brasil em 1991. Foto: Reprodução
Vitória de Senna no Brasil em 1991. Foto: Reprodução
Senna comemorando com os torcedores, após a vitória. Foto: Reprodução
Senna comemorando com os torcedores, após a vitória. Foto: Reprodução
Ayrton Senna ao lado do austríaco Gerhard Berger, em uma das últimas fotos do piloto brasileiro. Foto: Reprodução
Ayrton Senna ao lado do austríaco Gerhard Berger, em uma das últimas fotos do piloto brasileiro. Foto: Reprodução

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