Zico ganha estátua de cera no Rio e lembra frustração nas Olímpiadas de 2016
Com uma estátua no Japão, o ex-jogador ganhou sua primeira homenagem em cera no Brasil
Ídolo do Flamengo e um dos maiores ícones do futebol brasileiro, Zico recebeu o primeiro boneco de cera, feito à sua imagem e semelhança, como homenagem no Dreamland Museu de Cera, no Acqua Rio (RJ). Agradecido pela homenagem, Zico aproveitou o espaço para falar da sua frustração de ter sido “esquecido” durante as Olimpíadas do Rio, quando não foi chamado para carregar a tocha olímpica.
No evento da manhã desta terça-feira (19/03), Zico subiu ao palco e falou sobre o reconhecimento: “É emocionante pra nós, momentos como esse. É isso que a gente procura na carreira, pra valer a pena. Foram todos anos dedicados ao futebol, com amor e dedicação”, começa, “Costumo sempre dizer que a homenagem é gratificante quando estamos aqui na terra, quando Deus nos chama a gente não vê, mas tô muito agradecido”, afirma, agradecendo as autoridades e pessoas envolvidas na homenagem.
Com o primeiro boneco de cera no Brasil, Zico relembra de quando foi fotografado para ganhar uma estátua no Japão, onde o país tem um “santuário” dedicado a ele, mas que sente a importância de ter uma homenagem em seu estado natal.
O ídolo pontua que muitas vezes as pessoas não têm ideia da proporção do reconhecimento que possui internacionalmente e que está feliz por finalmente ganhar uma homenagem em seu país. Com isso, ele traz à tona sua infelicidade por não ter sido chamado para carregar a tocha olímpica, em 2016: “Uma das grandes frustrações da minha vida nos últimos anos foi não ter sido convidado para carregar a tocha olímpica quando teve a olimpíada aqui. O Japão me restituiu isso”, afirmou.
Em contrapartida, ele afirma que foi chamado pelo comitê olímpico brasileiro para atuar como embaixador da delegação brasileira, apesar da seleção não jogar este ano. Zico ainda reforça que tem prazer em ajudar atletas em qualquer modalidade por ter paixão pelo esporte. Ele se emociona ao citar sua família e reforça que se sente bem sendo admirado por aqueles que amam o futebol, independente da “camisa que vestem”.
Em entrevista ao portal LeoDias, Zico brinca que o “bonitão” de cera, não é ele: “Eu não era bonito nessa época não! Só a Sandra que me achava bonito, mas ficou legal, era uma fisionomia que eu buscava ter, principalmente no início dos jogos, pra poder mostrar seriedade no jogo, cada momento que eu estava vestindo essa camisa”, explicou.
A homenagem
O processo todo, do convite à finalização do modelo da estátua, durou mais de dois anos. Em fevereiro de 2022 quando Zico aceitou a homenagem e a partir daquele momento, foram discutidos o período da carreira que seria retratado, além da pose e do figurino.
Em julho do mesmo ano, o ex-jogador passou horas realizando mais de 250 fotos, além de tirar 300 medidas para serem utilizadas no desenvolvimento do busto e do corpo. Todas as informações ajudaram a criar a estátua em cera com a maior semelhança possível.
Depois de aprovada a peça, foi escalada uma equipe de 20 artesãos estrangeiros. O ateliê, localizado na cidade de Londres, na Inglaterra, foi responsável por dar vida ao projeto. Foram 18 meses para esculpir a estátua que pesa cerca de 40kg, valorizando os mínimos detalhes que possam deixar a réplica ainda mais convincente.
A fase escolhida para ser retratada foi entre os anos de 1981 e 1982, com o jogador em sua pose do momento emblemático de foco e concentração que antecedem uma cobrança de falta. O Zico, em versão de cera, será eternizado usando uma réplica do uniforme do Flamengo em 1981, ano da conquista da Libertadores e do Mundial de Clubes.
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