Após 14 anos da morte de Clodovil, saiba quem ficou com a herança
Ao longo dos anos, as contas bancárias do artista foram movimentadas para pagamento de dívidas, com autorização da Justiça.
Após 14 anos da morte de Clodovil Hernandes, o patrimônio milionário deixado pelo estilista segue bloqueado pela Justiça para pagamento de dívidas. A herança, que era avaliada em R$ 4,2 milhões, segundo registros do inventário atualizado em agosto de 2013, passou a ser de pouco mais de R$ 1 milhão, conforme os dados atualizados em abril deste ano.
Ao longo dos anos, as contas bancárias do artista foram movimentadas para pagamento de dívidas, através de autorizações judiciais.
Sem herdeiros e testamento, o inventário de Clodovil está sob responsabilidade de Maria Hebe Pereira de Queiroz, advogada do escritório Prado e Queiroz. Ao UOL, a advogada informou que os mais de R$ 3 milhões gastos no decorrer dos anos, foram utilizados para arcar com dívidas entre processos, impostos e manutenção de bens.
Em 2018 a Justiça autorizou o repasse de R$ 1,5 milhão para o escritório da advogada. “Foram pagos honorários advocatícios relativos a uma ação de rescisão contratual movida por Clodovil. Os honorários foram habilitados em 2013 e pagos em 2018 por determinação judicial, acrescido de juros e correção monetária no período citado”, disse a profissional ao site.
“Eu durmo tranquila. Não tem ninguém que possa abrir a boca. Todas as prestações de contas são aprovadas pela Justiça. Passam por Ministério Público, contador, e o juiz homologa”, completou.
A rescisão contratual citada por Maria Hebe foi entre Clodovil e Rede TV!. O apresentador processou a emissora e ganhou a ação. A rede televisiva foi condenada a pagar R$ 1,1 milhão ao ex-deputado federal. Desde 2017, a emissora paga a dívida em pequenas parcelas, de acordo com informações do advogado Maurício Galvão de Andrade, citado como responsável pelo laudo pericial do cumprimento de sentença.
Além de dívidas com honorários, Clodovil também mantinha dívidas com famosos como Martha Suplicy e Ronaldo Esper. Segundo o documento judicial, foram pagos R$ 264,8 mil à ex-prefeita de São Paulo e R$ 10,2 mil ao apresentador, a dívida com Ronaldo era de R$ 20,5 mil, mas foi negociada.
Entre outras ações que correram na Justiça, também foram retiradas das contas bancárias a quantia de R$ 164 mil. Maria Hebe afirmou não ter ciência da dívida total de Clodovil, incluindo cobrança de impostos e pagamento de funcionários.
Desde o falecimento do artista, duas propriedades foram vendidas para abater dívidas. O leilão mais recente foi realizado para venda de uma mansão em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, repassada por R$ 750 mil em 2019. Uma residência em Cotia, no interior de São Paulo, foi vendida por R$ 530 mil em 2016. Nos dois casos, o dinheiro foi depositado em contas judiciais.
Qual será o destino do restante da herança?
A inventariante tem direito a 20% do valor disponível, mas Maria Hebe disse à reportagem que o dinheiro só será repassado quando todas as dívidas do estilista forem quitadas. Fazer parte de testamento nunca foi condição, afirmou advogada.
“Ele fazia questão de que no final, com todas as dívidas pagas, eu recebesse meus honorários. Mas não recebi nada até agora”.
O sonho de Clodovil era fundar uma instituição de caridade com o nome da mãe, Isabel Hernandes. Porém, a realização depende de decisão judicial, conforme relatou Maria Hebe.
“O Ministério Público alega que você precisa de um capital grande para montar uma fundação. Não sobrará esse capital. Portanto, eles acham pouco provável que se consiga. Não conseguindo e sobrando dinheiro, o juiz indicará uma instituição de caridade para realizarmos a transferência”, disse a advogada.
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