Caso Meyniel: advogado de agressor afirma que ele não deu depoimento
Ele afirma que Yuri ainda não foi ouvido pela polícia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou Yuri de Moura Alexandre por lesão corporal, injúria por homofobia e falsidade ideológica no caso de agressão ao Victor Meyniel, na última sexta-feira (8/9). Após noticiarmos a versão do ator e da amiga do agressor, o portal LeoDias procurou a defesa do acusado para falar sobre o caso.
Em nota enviada com exclusividade ao portal LeoDias, o advogado de defesa do estudante de medicina, Lucas Oliveira, relatou que até o momento seu cliente, Yuri de Moura, não prestou depoimento à polícia e acusou as autoridades de terem negado a ele o direito constitucional de contar sua versão dos fatos.
“Os acontecimentos poderiam ter sido elucidados com muito mais rapidez e eficiência se ao Yuri de Moura fosse garantido acesso à Defesa e ao seu direito Constitucional de falar. No entanto, só foi permitido o acesso à Defesa e a possibilidade de comunicar a sua família sobre a prisão quando seus direitos constitucionais já não possuíam mais qualquer efeito prático, uma vez que o auto de prisão já tinha sido lavrado, depoimentos já tinham sido colhidos e determinado o silêncio de Yuri, contra a sua vontade. Tudo isso provado por documentos constantes dos autos, com horários do sistema da própria Delegacia de Polícia e por Nota de Culpa não assinada por Yuri.”, declarou a defesa.
“O direito à Defesa é um direito primordial e inato à condição de pessoa humana. A privação da fala de Yuri e do acesso à Defesa técnica impediu, por exemplo, que fossem requeridos esclarecimentos pontuais do caso, que Yuri fornecesse a sua versão, e, especialmente, que um fragmento de vídeo de péssima qualidade, sem a ìntegra, fosse utilizado como prova de perigo com a liberdade de Yuri – sem existir nos autos – contrariando prova científica: o exame de corpo de delito definitivo, realizado por perito oficial da própria Polícia Civil em que se atestou que as lesões não causaram danos graves ou perigo de vida, constituindo, segundo a Lei, lesão simples, cuja pena jamais seria a prisão. “, completou.
Segundo o advogado de defesa, Yuri foi preso por volta das 8h40, do dia 2 de setembro, mas só foi autorizado a ligar para família e advogado, às 15h08, seis horas depois da prisão.
Ainda em nota enviada ao portal LeoDias, o advogado afirma que Yuri chegou a procurar uma delegacia para registrar Boletim de Ocorrência contra Victor, bem como a agressão praticada contra Victor, antes de ser preso, porém, segundo a defesa, o pedido foi negado pela polícia devido ao horário.
“Yuri teria esclarecido toda a confusão e, ainda, que teria procurado – por livre e espontânea vontade – a Delegacia mais próxima de sua residência para relatar todas as injúrias, ameaças e importunações realizadas por Victor Meyniel contra si e contra Karina Carvalho, bem como a agressão praticada contra Victor, no entanto, em razão do horário, foi informado que não podia fazer Registro de Ocorrência naquela hora, pois a Delegacia estaria ainda em regime de plantão. Além disso, obteve informações junto a uma viatura da polícia que informou que o caso deveria ser relatado na Delegacia constante à Rua Hilário de Gouvêa e não a constante da Siqueira Campos. As imagens foram solicitadas pela Defesa à 12ª DP”, relatou.
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