Caso Regina Gonçalves: Ex-motorista é investigado por morte de irmã de socialite
O portal LeoDias teve acesso com exclusividade a cartas de ex-funcionários da mansão de Regina Gonçalves, onde relatam terem presenciados agressões e maus-tratos contra a irmã da socialite, Therezinha Yamada
Acusado de tentativa de feminicídio, sequestro, cárcere privado, violência psicológica e furto qualificado contra Regina Gonçalves, de 88 anos, o ex-motorista da socialite, José Marcos Chaves Ribeiro, estaria, agora, enfrentando um novo processo. Conforme apurado pelo portal LeoDias, relatos afirmam que a Polícia Civil investiga o suposto envolvimento dele na morte de Therezinha Lemos Yamada, irmã da milionária.
De acordo com informações repassadas por Thiago Gebaili, advogado de Marcelo Yamada, que é filho de Therezinha e sobrinho de Regina, em novembro de 2024, teria sido proposta ação judicial na qual Marcelo alegou que José Marcos pode ter contribuído para o óbito de sua mãe, que faleceu em 21 de maio de 2016, poucos dias após supostamente cair da escada da mansão de Regina, localizada em São Conrado, no Rio de Janeiro.
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O advogado indicou ainda ao portal LeoDias que diversos relatos contidos em cartas escritas por ex-funcionários da mansão teriam sido anexados ao inquérito policial que investiga José Marcos Chaves Ribeiro. Nas cartas, os funcionários afirmam que tanto Regina quanto o ex-motorista maltratavam Therezinha, negando-lhe socorro e os medicamentos necessários.
Adicionalmente, estas cartas indicariam que Regina e José Marcos teriam confinado Therezinha na varanda externa da casa, próxima à piscina, deixando-a sem cuidados, alimento ou água. Já debilitada por uma broncopneumonia, Therezinha teria sido levada para uma Unidade de Pronto Atendimento do SUS, em vez de ser encaminhada ao hospital conveniado. Após alguns dias internada na UPA, ela veio a falecer em 21 de maio de 2016.
Em uma das cartas que Marcelo relata estar anexada ao inquérito, uma das ex-funcionárias da mansão teria relatado que presenciou diversas agressões contra Therezinha, entre elas a do dia 8 de maio de 2016, quando a idosa teria caído da escada da mansão.
Com exclusividade, o portal LeoDias teve acesso a algumas destas cartas: “Sou testemunha da agressão física praticada pelo Sr. José Marcos Chaves Ribeiro, à Sra. Therezinha Lemos Yamada no dia 8 de maio de 2016 e também presenciei as inúmeras vezes que ele prendia a idosa do lado de fora da mansão, deixando ela passar a noite no jardim com frio, seria uma forma de castigá-la por algo que o desagradasse, e ainda tomava o celular da idosa para que ela não ligasse para ninguém”. Esta carta teria sido escrita a próprio punho e assinada por uma testemunha em 18 de janeiro de 2018.
A carta segue: “Dona Therezinha acabou parando na UPA de Copacabana após passar por inúmeras agressões e ameaças, até vir a falecer no dia 21 de maio de 2016. José Marcos, apesar de ser funcionário da Sra. Regina Lemos Gonçalves declarasse como namorado e até mesmo marido da idosa a qual ele vive embriagando-a de forma disfarçada para tirar vantagens”.
Ao portal LeoDias, o advogado de Marcelo Yamada, Thiago Gebaili, informou ainda que a suspeita é que José Marcos tenha empurrado a idosa escada abaixo, causando uma fratura em seu braço.
“Tanto Marcos quanto Regina maltratavam Therezinha e negavam-lhe o socorro, bem como não dava os remédios necessários a ela, até que, em certa altura, Therezinha foi empurrada por Marcos na casa em São Conrado (não no ap do Ed. Chopin) e caiu quebrando o braço, Nesta ocasião ambos (Regina e Marcos) teriam trancado Therezinha na varanda externa da casa próxima a piscina, sem cuidados, sem socorro, sem comida e sem água. Neste local ela se urinava e fazia excrementos, além de estar com o braço quebrado”, contou o advogado ao portal LeoDias.
Ainda de acordo com o advogado, os filhos de Therezinha só foram informados do falecimento no dia do enterro, sem terem sido comunicados previamente sobre sua internação ou as condições em que se encontrava.
“Os filhos de Therezinha somente foram comunicados do falecimento no dia do enterro, não sabiam nem da internação”, contou o advogado.
Regina Gonçalves também estaria sob investigação, por omissão.
O advogado atualizou o caso informando que, atualmente, o Ministério Público do Rio de Janeiro conduz duas linhas de investigação:
- Linha 1: Aponta José Marcos como o principal suspeito de envolvimento na morte de Therezinha.
- Linha 2: Investiga uma possível omissão de Regina Gonçalves, que pode ter contribuído para o óbito da irmã, configurando crime comissivo impróprio.
O caso estaria sob a responsabilidade da promotora Dra. Eyleen Marenco, do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Por fim, informou ainda que em dezembro de 2024, a Polícia Civil do 12º Distrito Policial teria cumprido um mandado de busca e apreensão na residência de São Conrado, onde José Marcos supostamente se encontrava. Que durante a operação, foram encontrados pertences de Therezinha Lemos – entre eles jóias e cartões bancários com anotações de senhas – que não foram entregues aos filhos após o falecimento. Esses itens estariam sob custódia da Polícia Civil.
O portal LeoDias procurou o advogado e os familiares de Regina Gonçalves para falar sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.
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