Cíntia Chagas agradece apoio de feministas após criticar o grupo
Portal LeoDias divulgou uma série de aspas em que influenciadora afirma que teria sofrido violência física e psicológica do marido na época
Em meio a repercussão da notícia de violência doméstica vivida pela influenciadora Cíntia Chagas enquanto se relacionava com o deputado Lucas Bove, divulgada com exclusividade pelo portal LeoDias, a Coalizão Nacional de Mulheres divulgou uma carta prestando apoio à suposta vítima. Nesta sexta-feira (11/10), a ex do político agradeceu as palavras de apoio das feministas. Cíntia não faz parte do movimento e chegou a tecer comentários sobre elas no passado.
“A atitude da coalizão feminista foi bela, nobre e admirável. Em vez de me execrarem publicamente, deram-me apoio. Confesso que estou surpresa e emocionada… Senti-me abraçada. Muito, muito, muito obrigada”, iniciou ela.
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Ela explicou que quando afirmou que a mulher deve submeter ao homem era em relação a esperar o marido para jantar e à necessidade de o casal passar mais tempo junto.
“Apesar da minha boa intenção, a minha fala foi infeliz e suscetível a interpretações que contrariam a minha própria vida, uma vez que eu comecei a trabalhar aos 12 anos de idade. Tenho a minha independência financeira desde os 23 anos, sempre coloquei o trabalho em primeiro lugar e tento, diariamente, mostrar a importância do estudo, da profissão e da dedicação para a mulher”, continuou ela.
A influenciadora pediu desculpas e prometeu assumir o compromisso de encorajar mulheres a terem autonomia financeira.
Leia na íntegra a carta de apoio de Coalizão Nacional de Mulheres
“Cíntia, conhecemos bem o fenômeno da violência contra a mulher e o quão devastador ele é em relação à carreira e à vida pessoal das mulheres. Nós sabemos o que você está atravessando e temos a noção exata de como, em geral, é solitário estar nesse lugar: o da vítima.
Ao invés de receber apoio de uma grande parte das pessoas, que até então estavam ao seu lado, você está recebendo críticas e julgamentos.
Nós acolhemos a sua dor e louvamos a sua força em conseguir sair desse relacionamento violento.
Quando afirmamos que as mulheres não devem ser submissas aos homens, estávamos nos referindo a isso: não se submeter à injustiça, à indignidade, ao desrespeito.
Nenhuma mulher deve enfrentar essa dor em silêncio. Nenhuma mulher deve acreditar que precisa suportar um tratamento desumano e degradante.
Nós respeitamos os homens e eles devem-nos igual respeito. Feminismo é a luta por essa igualdade, uma igualdade de direitos e obrigações. No âmbito das relações afetivas, igualdade em relação aos votos de responsabilidade e respeito mútuo. Não é sobre carregar sacos de cimento, nunca foi sobre isso. Igualdade produz liberdade. É isso que o feminismo visa a conquistar para as mulheres.
Os homens, não todos, obviamente, protegem-se entre si, por isso alguns se sentem tão fortes e confortáveis para ameaçar, constranger e atacar mulheres. Eis a urgência em unirmos forças e apoiarmo-nos.
Ser feminista é assumir uma posição inarredável em defesa dos direitos das mulheres. Não importa se, ideologicamente, não possuímos o mesmo entendimento, NENHUMA mulher deve sofrer violência. Essa é a nossa luta e lutamos mesmo por quem não compreende por que estamos lutando.
Receba o nosso gesto de sororidade, Cíntia. Esperamos que você se sinta acolhida e que o seu agressor saiba que não está sozinha“.
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