Depois de se entregar, Oruam lança música e volta a criticar policiais na letra
Após suplicar por ajuda a MC Poze do Rodo na divulgação da faixa, a canção foi disponibilizada como um desabafo do rapper, que permanece detido no Rio de Janeiro

Na noite desta terça-feira (22/7), em meio à polêmica envolvendo Oruam, que se entregou na Cidade da Polícia (RJ) após ter a prisão preventiva decretada, uma música do artista foi lançada em parceria com MC Poze do Rodo e Real Fubá. O trio de intérpretes escreveu a letra da canção em tom de desabafo e revolta, intitulada “Manifesto #1 – A Rua Cercada por Divisão”. Sem rodeios, os cantores voltaram a criticar a atuação da polícia, apontando que agentes estariam matando inocentes nas comunidades e comemorando enquanto a favela chora.
Antes de se entregar e ser detido, Mauro Davi dos Santos Nepomuceno entrou em contato com Poze por WhatsApp, pedindo que, enquanto estiver preso, seu melhor amigo e também funkeiro o ajude a divulgar sua nova faixa. O marido de Viviane Noronha, que considera o aliado como um filho, disse que prontamente atenderia ao desejo. Horas depois, a canção foi lançada nas plataformas digitais, juntamente com o videoclipe. Indignado em um dos trechos, Oruam revela a motivação para nutrir a ira em seus dizeres.
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“A rua cercada por divisão, menorzinho faz sinal de facção, cabelo vermelho porque nós tá se matando, enquanto esses filhos da put* estão dormindo numa mansão. Um menor de fuzil é a crítica social, por que ao invés de matar, vocês não dão estudo? Ontem no morro, mais uma mãe de luto e esses filhos da put* estão rindo na nossa cara. Se botar na ponta do lápis, a caneta mata mais do que o fuzil. Por isso, eu carrego ódio nas minhas frases, e uma hora eles vão ter que me escutar”, entoa o filho de Marcinho VP.
Poze completa em outra estrofe: “O peso amargo de perder uma luta, o choro de uma mãe, a favela toda escuta. Nas cores do Brasil, está faltando uma cor, vermelho, que era do sangue do morador. O estado estava só fazendo seu trabalho, matando inocentes lá no Santa Amaro. Depois, vocês vão falar que o problema sou eu, mas as almas que aqui têm foram vocês que venderam. Diz que sou novinho e já rodei no artigo 12, fala da minha pose como se não tivesse cometido erro algum. É que eles comemoram quando a favela chora, eu só vou aceitar minha vitória quando o pobre parar de morrer”.
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