Em 2024, Hytalo Santos disse ter aval das mães para produzir conteúdo com menores
Influenciador voltou a ser alvo de polêmicas após vídeo do youtuber Felca viralizar
O caso envolvendo o influenciador digital Hytalo Santos voltou a ganhar destaque nesta semana, impulsionado por um vídeo do youtuber Felca que viralizou nas redes sociais. Publicado no YouTube, o conteúdo intitulado “Adultização” ultrapassou 35 milhões de visualizações e reacendeu o debate sobre a suposta exploração e sexualização de menores de idade em vídeos produzidos por Hytalo. Em dezembro de 2024, assim que se tornou alvo de apurações do Ministério Público da Paraíba (MPPB, ele afirmou ter autorização das mães dos menores para fazer as publicações em suas redes sociais.
Na época, ele afirmou que as adolescentes que aparecem em seus conteúdos são emancipadas e que as mães estão de acordo com a participação delas. “As pessoas acham que esse é um assunto que eu tenho medo de falar, na minha casa frequenta pessoas, minhas crias, que passa uma boa parte de tempo comigo e boa parte com as mães, as mães sempre acompanharam tudo”, disse.
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Hytalo citou duas das adolescentes que, segundo ele, costumam gerar mais polêmica. “Vez ou outra tem umas denúncias, as pessoas acham que elas têm 13 e 14 anos. Quando tem muita repercussão negativa eu sempre sou acionado”, afirmou, completando: “As mães concordaram com isso, eu tenho um bom relacionamento com todas as mães, tudo o que acontece lá em casa, tem consentimento das mães e das meninas que são emancipadas […] Minhas costas são largas e estou aqui para enfrentar o que eu preciso enfrentar”.
O influenciador relatou já ter enfrentado situação semelhante no Rio de Janeiro, quando o Conselho Tutelar foi acionado contra ele. “Conversei com os conselheiros tutelares e o caso foi arquivado” após, segundo ele, a apresentação da “história das meninas” e das autorizações das mães. Hytalo disse possuir atualmente “documentações de autorização assinada de imagem e de voz quando está com as suas ‘filhas’”.
“Vou continuar fazendo o que eu faço”
Ele também defendeu que seu trabalho teve impacto positivo na vida das adolescentes. “Venhamos e convenhamos, de onde a gente veio e de onde as meninas saíram, era motivo pra todo mundo bater palma, mas pra quê se é melhor criticar? Porque ninguém fala que eu botei todo mundo na escola, pessoas que não estudavam mais? A mãe não estava mais conseguindo colocar no eixo […] Deus sabe lá o que tinha acontecido se eu não tivesse aparecido”.
Sobre a repercussão das denúncias, Hytalo reforçou: “Eu tô super bem instruído e resguardado, mas pra você que amou esse assunto, achando que isso era uma coisa que ia me fazer cair, gente, tá tudo bem, vou continuar fazendo o que faço, quando eu for ser acionado eu vou responder, vou levar as mães, a documentação, tá tudo bem”. Ele concluiu afirmando que vai “querer a indenização” das repercussões que considera falsas.
O caso voltou a ganhar força nesta semana, após o vídeo de Felca resultar na apresentação de ao menos 32 projetos de lei na Câmara dos Deputados. A promotora de Justiça Ana Maria França, que conduz as investigações, relatou que as denúncias, que foram destaque no Jornal Nacional de ontem, incluem “eventos noturnos atrapalhando o sossego dos condôminos, transitar dentro do condomínio com adolescentes fazendo topless na moto para exibir tatuagem nas costas” e registros de “danças, festas com veículos, consumo de bebidas alcoólicas e conversas impróprias”.
Ainda na terça-feira (12/8), a Justiça da Paraíba determinou a suspensão de todas as redes sociais de Hytalo. Segundo a promotora, o MPPB busca apurar a idade das pessoas que aparecem nos vídeos, o vínculo delas com o influenciador e se houve práticas previstas como crime no Estatuto da Criança e do Adolescente. O procedimento segue em andamento. Hytalo ainda não se manifestou sobre as novas polêmicas.
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