Caso Nardoni: Ministério Público é contra pedido de regime aberto para Alexandre

O Ministério Público de São Paulo emitiu um parecer contra o pedido da defesa de Alexandre Nardoni para que ele cumprisse o resto do tempo de prisão em regime aberto. Acusado de matar a filha Isabella Nardoni, ele está preso em regime semiaberto desde 2019, em Tremembé (SP). Antes disso, ele cumpriu a pena em regime totalmente fechado de 2008 a 2018.

Os advogados da defesa de Alexandre entraram com um pedido no início desta semana. Eles solicitam a progressão da pena de regime fechado para o aberto, para que ele cumpra o resto da prisão em liberdade. Segundo a sentença, Alexandre deve ficar preso até 2035.

O pedido veio devido ao fato de que Alexandre cumpriu o tempo determinado pela Justiça para pedir a progressão. Contudo, em comunicado emitido nesta quinta (114/), o Ministério Público informou que se posicionou contra conceder a prisão no regime aberto.

“Diante de tal constatação, o sentenciado teria permanecido no regime intermediário por 5 anos, restando-lhe ainda 11 anos a serem cumpridos no regime aberto, o que seria uma total incongruência, além de significativa afronta à finalidade da pena imposta”, diz o parecer.

O documento ainda relembra que o crime cometido por Alexandre é gravíssimo e que seu bom comportamento carcerário não é levado em conta pois é apenas uma obrigação. Apesar disso, o pedido ainda terá que ser analisado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. 

O Ministério Público solicitou que Nardoni seja submetido à realização de um exame criminológico e o teste de Rorschach, feito para avaliar se ele tem condições de cumprir o restante da pena em liberdade.

Se for para o regime aberto, Alexandre poderá deixar a prisão para viver em liberdade desde que tenha endereço fixo, trabalho e compareça em datas determinadas pela Justiça na Vara de Execuções Criminais.

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