Sem lances em 10 anos, castelo de José Rico vira “caso complicado” para filhos
Castelo está empacado em leilão judicial; propriedade foi penhorada para pagar processos trabalhistas
O emblemático castelo do cantor José Rico, em São Paulo, ainda encontra-se empacado em leilão. Ao longo dos últimos 10 anos, ninguém se interessou em arrematar a propriedade na Rodovia Anhanguera, próximo a Limeira, São Paulo. O castelo erguido pelo cantor sertanejo tem mais de 100 cômodos e nem o desconto de mais de R$13 milhões atraiu algum comprador.
“É um caso bem complicado. A parte do leilão encerrou, e não podemos fazer nada. O castelo foi realmente a leilão, mas não teve nenhuma oferta”, esclareceu Moysés Rico, um dos filhos do artista. A propriedade está em estado de abandono e é alvo de vandalismos. O mato está enorme por todos os lados e as janelas quebradas e pichações nos muros marcam os estragos.
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O castelo virou alvo da Justiça pouco antes da morte do cantor, que começou a obra em 1991 e nunca a viu concluída. Em maio do último ano, o local foi a leilão para pagar dívidas trabalhistas referentes a um processo movido por um músico que trabalhou com José Rico e Milionário entre 2009 e 2015, ano em que o cantor morreu.
A Justiça fixou a indenização ao músico em R$6,7 milhões por falta de carteira registrada e pagamentos de horas extras, adicional noturno, 13º e outras garantias. Ele diz, ainda, ter sofrido danos morais.
Somado ao leilão empacado, Moysés ainda relatou um certo distanciamento da família: “Somos em quatro irmãos de três famílias diferentes. Tenho mais contato com a Cristina, que é a mais velha. A gente já trabalhou juntos, e me ajuda em bastante coisa. Mas com o Sami e a Sara não temos muito contato”, disse ele.
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