Amy Winehouse nos deixava há 14 anos: artista alcançou o mais alto patamar da indústria
Artista foi diva de uma geração e vítima do próprio sucesso

Amy Winehouse foi uma artista única e marcou uma geração de fãs por conta do seu estilo, voz e do sucesso estrondoso que atingiu no final dos anos 2000. Nesta quarta (23/7), se completam 14 anos desde que a cantora nos deixou tragicamente. Relembre como a inglesa atingiu o mais alto patamar na indústria musical sem deixar de ser ela mesma, até ser vítima dos próprios feitos.
Muitos a conhecem pelos hits “Back to Black” e “Rehab”, hinos do álbum “Back to Black”, de 2007. Porém, ela começou a carreira muito antes disso.
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Amy Winehouse nasceu em 1983, em Londres, em uma família judia com forte influência musical, especialmente do jazz. Desde criança, demonstrou talento e paixão pela música, frequentando escolas de artes e formando uma banda de rap amadora aos 10 anos.
Aos 15 anos, já compunha e se apresentava em clubes de jazz. Trabalhou como jornalista e cantora de apoio até ser descoberta por Nick Shymansky, que a levou à agência Brilliant! e, depois, à 19 Entertainment. Com contratos de agenciamento e publishing antes mesmo de gravar um disco, chamou atenção por seu talento genuíno. Após meses sendo mantida “em segredo” pela indústria, assinou com a Universal Music e a Island Records, marcando o início de sua carreira fonográfica.
Seu primeiro disco, “Frank”, de 2003, foi muito bem recebido já pela crítica e coleciona algumas faixas muito aclamadas pelos fãs, como “Stronger Than Me” e “Amy Amy Amy”. As vendas, porém, não a colocaram no patamar que ela mais tarde viria a alcançar. Seu melhor desempenho na parada de álbuns no Reino Unido foi em 14°, acompanhado de uma turnê pela Inglaterra.
Contudo, seu primeiro grande holofote para o mundo veio ainda na era “Frank”, com indicações ao Brit Awards, a maior premiação da música britânica. Amy foi indicada em “Melhor Artista Feminina Britânica” e “Melhor Ato de Música Urbana”.
No entanto, a tentativa da gravadora de emplacar Amy como a grande estrela pop inglesa a esgotou mentalmente, o que gerou um hiato criativo de 18 meses. Em meio a este período conturbado, ela não escreveu canções novas e nem se apresentou. Muitas pessoas acreditaram que este seria o seu fim, mas ela voltou maior do que nunca.
A era “Back to Black” e o excesso de fama
Em 2006, como sua primeira aposta após um período difícil, Amy surgiu com um single que, com certeza, você já ouviu ao menos uma vez na vida: “Rehab”. O sucesso foi instantâneo. Ela caiu na graça dos críticos, mais uma vez, e alcançou altos números nas paradas, com este sendo sua primeira canção no top 10 do Reino Unido.
Com um bom pontapé inicial desses, óbvio que o álbum seria um sucesso. O “Back to Black” foi lançado no ano seguinte, e foi o disco mais vendido de 2007 na Inglaterra e no mundo, com mais de seis milhões de cópias ao redor do globo. Além de “Rehab”, músicas como “You Know I’m No Good” e a faixa-título alcançaram altas posições e foram hinos cantados pelo mundo inteiro.
Ela foi eleita a artista feminina do ano no “Brit Awards” e descolou várias indicações ao Grammy, com destaque nas quatro principais categorias – que ganhou todas, menos Álbum do Ano. Porém, junto ao sucesso, se percebia também que ela não estava bem.
Embora parecia ter superado o hiato artístico entre o “Frank” e o seu auge, Amy aparentava sempre estar embriagada e dopada de remédios em suas apresentações. Ela conviveu com problemas de dependência química e bulimia durante o sucesso.
A cantora também era sempre assunto na mídia. Apesar dos hits e da aclamação, sempre prestavam atenção no seu comportamento no palco. Muitos teorizavam sobre uma possível ruína pessoal. Embora tenha havido muita espetacularização sobre seu estado mental, era cristalino que Amy enfrentava problemas.
Conforme suas músicas foram ganhando o povo, Amy foi refém do próprio sucesso. Crescia a demanda por mais turnês ao redor do mundo. E ela não estava dando conta do recado. Winehouse já cancelou apresentações diversas vezes por conta de seus problemas psicológicos. A sua gravadora seguia marcando apresentações.
Outro ponto destacado na sua derrocada pessoal foi o relacionamento com Blake Fielder-Civil. Foi ele quem introduziu à cantora substâncias ilícitas mais pesadas, e os excessos do casal levaram Winehouse a ser hospitalizada após uma overdose, além de resultar em sua detenção por posse de cannabis na Noruega. Com o acúmulo de polêmicas, a artista passou a ser alvo de apelidos pejorativos na imprensa, e sua imagem pública começou a ser seriamente comprometida.
Amy passou por episódios parecidos aos de Britney Spears. A exposição excessiva levou a cantora a conseguir uma ordem judicial que proibia paparazzi de se aproximarem de sua residência ou de fotografá-la em locais privados.
Com a saúde fragilizada, Winehouse foi diagnosticada com início de enfisema pulmonar. Em maio de 2008, chegou a retomar tratamento contra o alcoolismo, mas foi liberada pelo pai para iniciar uma nova turnê europeia, cuja estreia em Belgrado foi marcada por um desempenho desastroso.
Com uma demanda cada vez maior por sua presença e sua arte, Amy não conseguiu conter os impulsos do alcoolismo e acabou morrendo, em 23 de julho de 2011, vítima de uma overdose.
Legado
Apesar das controvérsias em cima do palco e da derrocada na vida pessoal, o que vive até hoje é a sua música. Em votações populares e eleições em revistas, Amy Winehouse sempre surge em posições altas.
Em uma lista da Sky News, por exemplo, ficou atrás apenas da princesa Diana no ranking de maiores heroínas britânicas.
Sua história também já virou filme, com a cinebiografia “Back to Black”, interpretada por Marisa Abela. A recepção ruim do longa mostrou como a vida de Winehouse permanecia viva no imaginário popular.
Atualmente, no Spotify, Amy permanece com números invejáveis, com mais de 18 milhões de ouvintes mensais e até um hit bilionário, com “Back to Black”. Sua arte será sempre lembrada.
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