Cia Tércio Miranda esclarece mitos em relação a touro de rodeio e pontua tratamento diferenciado
Casal detalhou tratamentos como acupuntura, ozoniterapia e alimentação dos touros de pulo criados por eles
Em entrevista ao portal LeoDias, o casal Tércio e Rosana Miranda, donos da Companhia Tércio Miranda, detalharam os cuidados diferenciados com os seus touros de pulo, desmistificando que, por serem de rodeio, eles sofrem maus-tratos. Muito pelo contrário, o casal esclareceu tudo sobre alimentação, os cuidados, amor e conexão pelos animais, que são tratados como “atletas”.
A entrevista, feita para o titular do portal LeoDias, foi no 1º evento de genética de touros, em Votuporanga, no 1º Encontro Internacional de Genética de Touro de Pulo, que contou com atrações internacionais para falar sobre o manejo genético entre os touros de pulo.
“Desde que voltei pro rodeio, em 2016, eu sonhava em fazer esse projeto de genética. Ao longo desses anos que eu voltei, eu consegui o Acesso Negado que era um touro muito parecido com os touros dos Estados Unidos e demos continuidade na genética a partir daí”, diz Tarcio, que convidou especialistas americanos para “aprender com os melhores”.
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Surpreendentemente, Rosana detalha que o início da sua vida como empresária do ramo começou com pré julgamentos: “Eu tinha muito preconceito, eu achava que machucava os animais […] Ele [Tarcio] não me entendeu, foi um choque de mundos!”, diz ela, que continua: “A primeira vez que eu fui lá [na fazenda] os touros estavam fazendo acupuntura. É muito amor, é tão especial, os animais sentem tanto. Eu tive a experiência de comprar um touro, que há um tempo atrás eu tinha vendido e ele voltou pra gente, eu cheguei conversando, chorando e uma lágrima [do touro] escorreu”.
Além da acupuntura, Tércio detalha que os touros também são submetidos a ozonioterapia: “A gente procura que eles tenham uma longevidade maior, na gíria do rodeio é que quando o boi pula, é um dia a menos de rodeio que ele tem”. A intenção, segundo ele, é preservar a vida do animal, baseado em estudos científicos.
Rosana ainda equipara os cuidados com a alimentação dos animais como se eles fossem de fato atletas e a importância de conhecer cada um: “Só de vermos um touro pular, a gente sabe se ele tá bem ou não, o touro de pulo é um atleta. Se ele está um pouquinho fora do peso, ele vai para um grupo de alimentação diminuído. Se ele tá fraco, vai para outro grupo”, detalha ela.
A empresária ainda diz que a estrutura da propriedade da Companhia já recebeu faculdades, escolas e ONGs de defesa animal. Ela detalha que a motivação para o cuidado com os animais parte justamente de um dia ela ter acreditado que rodeio era maus-tratos: “Quis fazer algo pra mostrar pro mundo que não era isso e isso chamou a atenção dos americanos pro Brasil, eles quiseram conhecer esse manejo diferenciado”.
Os empresários detalham que quando um touro chega no auge ou se machuca, ele é aposentado e recebe os mesmos cuidados enquanto ele ficar na Companhia. ONGs e departamentos próprios para lidar com possíveis maus-tratos aos animais também fazem parte da rotina da empresa.
“Quando existir alguma forma de maus-tratos dos touros, a gente trata ali internamente… Mas se eu tiver por perto e acontecer alguma coisa…” diz ela, em tom ameaçador, mas divertido.
A empresária ainda diz que a intenção da empresa é ter um retorno de todo o investimento feito nesse trabalho diferenciado com os touros. Ela cita que Cássio Dias, brasileiro e campeão mundial de rodeio, foi um dos investimentos feitos por eles. “Ele voltou com o título pra nós, o que é uma alegria”, finaliza ela.
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