Polícia Federal trata caso do homem-bomba em Brasília como terrorismo
Polícia Federal afirma que Francisco Wanderley Luz planejava o ataque há meses
Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (14/11), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou qual tem sido a postura da PF diante do caso do homem-bomba que morreu ao tentar explodir o Supremo Tribunal Federal, na noite desta quarta-feira (13/11). Para as autoridades, o caso está sendo tratado como terrorismo.
Segundo Rodrigues, o homem, identificado como Francisco Wanderley Luz, esteve em Brasília em outras oportunidades, incluindo no início do ano passado, mas não há confirmações de que ele tenha participado do 8 de janeiro, uma série de ataques organizados por grupos de extrema direita ao Congresso.
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Para o diretor-geral, o caso do homem “não é um fato isolado” e que a unidade de antiterrorismo da PF está atuando nas investigações.
“Esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica. Entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas é conectado a várias outras ações, que, inclusive, a Polícia Federal tem investigado em um período recente”, afirma ele.
Andrei ainda afirma que as ações de Francisco foram “premeditadas” e “planejadas”, não só porque ele já veio a Brasília algumas vezes, mas pela locação do trailer que foi encontrado na Esplanada: “Esse trailer foi alugado há alguns meses –não foi uma coisa recente– e estava em um ponto estratégico nas proximidades do STF, o que nos aponta para, de fato, um planejamento de médio e talvez de longo prazo e que sinalizam a gravidade de tudo isso que foi feito”.
O diretor-geral ainda citou as pichações que foram encontradas na casa de Francisco, uma kitnet alugada na Ceilândia, cidade-satélite do Distrito Federal. “Há uma mensagem escrita nas paredes e em espelhos da residência fazendo menções a um ato de pichação que foi feito em 8 de janeiro na Estátua da Justiça. É importante dizer que não é só um ato de pichação. Ali é um ato gravíssimo que atenta contra o Estado Democrático de Direito –esta pessoa [que pichou a estátua] está presa até o presente momento– e que mostra vinculação desses grupos radicais que culminam com essa barbárie que aconteceu ontem, na tentativa de matar ministros da Suprema Corte”, acrescentou.
Ainda no local, foram encontradas mais bombas que, caso não fossem desarmadas previamente pelo robô antibombas, colocaria em sério risco a vida dos policiais: “O robô entrou na residência e, ato contínuo, ao abrir uma gaveta para fazer a busca, houve uma explosão. Uma explosão gravíssima que o uso do robô salvou a vida de alguns policiais que, se tivessem ingressado na residência, não sobreviveriam àquela gravidade da explosão.”
Ele ainda relata que as bombas foram feitas de forma artesanal, mas com um grau de risco muito grandes, pois simulavam granadas. O diretor da Polícia Federal ainda detalha que Francisco portava um extintor de incêndio carregado de gasolina, simulando um lança-chamas.
Além do terrorismo, a PF ainda trabalha com outra possibilidade de motivação do crime: “Estamos trabalhando com essas hipóteses criminais de uma ação terrorista, mas também da ação de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.”
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