Adolescente recebe ameaça com arma de fogo de motorista da Uber no Distrito Federal
A família procurou a empresa, mas não obteve nenhum tipo de retorno ou suporte
Nesta sexta-feira (29/11), o Portal LeoDias recebeu uma denúncia de uma mãe, que viveu um grande susto, após seu filho adolescente, de 16 anos, pegar um carro do aplicativo Uber, no Distrito Federal. Sem se identificar, a mulher relatou que o filho foi ameaçado com uma arma de fogo por um motorista de aplicativo.
A mãe do jovem detalhou a situação traumática, ocorrida no último dia 13 de novembro: “No dia 13 de novembro, meu filho, de 16 anos, viveu o pior momento de sua vida enquanto voltava para casa após uma noite que deveria ser tranquila. Ele havia pedido um Uber Black para retornar da FGV, onde prestou vestibular acompanhado de amigos. Após deixar os amigos em suas casas, o motorista seguiu caminho para levar meu filho à casa de um amigo, onde ele planejava assistir ao jogo do Brasil”, iniciou a mulher.
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Marcos Leite Coelho, o motorista do aplicativo, começou então a dar sinais de que estava em surto: “Na subida da QI 19, no Lago Sul, algo inacreditável aconteceu. Enquanto assistia a vídeos no celular, ele foi surpreendido pelo motorista, que começou a gritar e acusá-lo de estar tentando drogá-lo com um “pozinho branco”. Confuso e assustado, meu filho tentou perguntar se o motorista estava bem, mas isso só pareceu piorar a situação. O motorista ficou cada vez mais agitado, afirmando que meu filho era a segunda pessoa naquela semana que tentava fazer isso com ele. Em um ato de desespero, ele [Marcos] cancelou a corrida no aplicativo e começou a dirigir sem rumo, gritando e acusando meu filho”, declarou ela.
O jovem então foi ameaçado com uma arma de fogo pelo motorista parceiro da Uber, que seria um ex-policial militar: “A situação tomou um rumo ainda mais assustador quando o motorista freou bruscamente, pegou uma arma no porta-luvas e apontou para a cabeça do meu filho, dizendo repetidamente que iria “furá-lo de bala”. Ele foi forçado a ajoelhar-se na calçada, enquanto o motorista continuava a gritar e proferir palavras de baixo calão. Na tentativa de provar sua inocência, meu filho esvaziou os bolsos, jogando todos os seus pertences no chão para mostrar que não tinha nada suspeito. Mesmo assim, o motorista o obrigou a deitar-se de bruços na calçada, ainda com a arma apontada para ele”, contou a mãe do menino.
Após o enorme susto, o menino passa bem. A família registou um boletim de ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia e entrou em contato com a Uber, que não deu nenhuma resposta sobre o ocorrido.
Nossa reportagem também entrou em contato com Marcos Leite, o motorista, que informou que não irá se pronunciar sem antes conversar com seu advogado.
O portal LeoDias também acionou a empresa, que, em nota, lamentou o caso e informou que a conta do motorista foi desativada após o ocorrido. Em conversa com nossa reportagem, a assessoria da Uber também informou que tentou “contato com a família diversas vezes, mas não obteve retorno. Além disso, também foram enviadas mensagens pelo aplicativo”.
Leia na íntega:
A Uber lamenta o caso e considera inaceitável o uso de violência. A conta do motorista foi desativada tão logo tomamos conhecimento do ocorrido.
A empresa ressalta que conta com uma equipe especializada que está sempre à disposição para colaborar com as autoridades e um portal exclusivo para solicitação de dados no caso de investigações ou processos de persecução criminal, que está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana para processar as demandas, permitindo que informações importantes sejam repassadas com segurança e rapidez – tudo isso respeitando as leis de privacidade exigidas no País, em especial o Marco Civil da Internet.
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