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Após demissão de Silvio Almeida por assédio sexual, Anielle Franco se pronuncia

Ministra da Igualdade Racial foi apontada como uma das vítimas de Silvio Almeida

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          Após a demissão do ministro Silvio Almeida, da pasta dos Direitos Humanos e Cidadania, por acusações de assédio sexual, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, apontada como uma das vítimas, se pronunciou na noite desta sexta-feira (6/09). Em nota publicada nas redes sociais, a ministra lamentou tentativas de “culpabilizar as vítimas”.

          Anielle Franco também elogiou a postura do presidente Lula em exonerar o ministro: “Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi. Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência”.

          Veja as fotos

          Reprodução/TV Globo
          Reprodução/TV Globo
          Filipe Araújo/Divulgação/MinC
          Filipe Araújo/Divulgação/MinC
          Reprodução
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          Silvio Almeida e esposa, Ednéia CarvalhoReprodução
          Ministro Silvio Almeida  (Foto: Reprodução/YouTube)
          Ministro Silvio Almeida (Foto: Reprodução/YouTube)

          A ministra não confirmou ou negou ter sido uma das supostas vítimas de Silvio Almeida, mas pediu “direito à privacidade” e que irá “contribuir com as apurações sempre que necessário”.

          Leia a nota na íntegra

          “Hoje eu venho aqui como mulher negra, mãe de meninas, filha, irmã, além de Ministra de Estado da Igualdade Racial.

          Eu conheço na pele os desafios de acessar e permanecer em um espaço de poder para construir um país mais justo e menos desigual.

          Desde 2018, dedico minha vida para que todas as mulheres e pessoas negras possam estar em qualquer lugar sem serem interrompidas.

          Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi.

          Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência.

          Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei com as apurações, sempre que acionada.

          Sabemos o quanto mulheres e meninas sofrem todos os dias com assédios em seus trabalhos, nos transportes, nas escolas, dentro de casa. E posso afirmar até aqui, que o enfrentamento a toda e qualquer prática de violência é um compromisso permanente deste governo.

          Sigo firme nos passos que me trouxeram até aqui, confiante nos valores que me movem e na minha missão de trabalhar por um Brasil justo e seguro pra todas as pessoas.

          Anielle Franco
          Ministra da Igualdade Racial”

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