Arquiteto denuncia comentário racista durante exposição em SP: “Não vou a médico preto”
Após o incidente, a organização da CASACOR manifestou total apoio a Gabriel Rosa e se posicionou contra qualquer forma de discriminação. Em conversa com o portal LeoDias, o rapaz compartilhou detalhes do ocorrido

O arquiteto Gabriel Rosa, de 24 anos, vencedor do Prêmio CASACOR SP 2024 e participante confirmado da edição de 2025, relatou ter sido alvo de injúria racial durante uma visita à CASACOR São Paulo, na última sexta-feira (25/7). A exposição, voltada para arquitetura e design de interiores, ocorre no Parque da Água Branca, na Zona Oeste da capital paulista.
Segundo Gabriel, uma visitante fez comentários racistas ao abordar o tema das cotas raciais no ensino superior: “Depois que abriram as cotas, eu não vou mais a médico preto. Conheço professores de medicina que, se derem notas baixas, são processados. Como é que vou me consultar com um médico que passou voando na faculdade por causa de cota?”, disse a mulher. Ainda na gravação feita pelo arquiteto, ela dissemina desinformação ao afirmar que estudantes negros tiram boas notas sem esforço e perseguem professores quando são reprovados.
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Diante da situação, Gabriel procurou a organização do evento, que o auxiliou na identificação da mulher e acionou a polícia. Segundo o arquiteto, a visitante confirmou as declarações na presença dos agentes, mas tentou se justificar, dizendo que “não queria magoar”.
Posicionamento do arquiteto
Gabriel optou por manter discrição pública, mas agradeceu o apoio que recebeu por meio de seu perfil no Instagram: “Sigo com serenidade, verdade e coragem, firme nos meus valores e propósitos”. Procurado pelo portal LeoDias, ele confirmou que recebeu amparo da CASACOR durante e após o episódio, e que a mulher envolvida foi encaminhada à polícia para prestar esclarecimentos: “A CASACOR se posicionou, sim. No momento do ocorrido, me deram todo o suporte para encontrar a mulher e acionaram os policiais para que ela fosse abordada na saída. E prestaram todo o apoio pós também”. Um boletim de ocorrência foi registrado e as medidas legais estão em andamento.
CASACOR se pronuncia
Em nota, a CASACOR se posicionou contra o episódio em sua conta oficial: “A CASACOR repudia veementemente qualquer ato de racismo, discriminação ou violência. São atitudes inaceitáveis e criminosas, que não têm lugar em nossos ambientes. Nosso compromisso com o respeito, a diversidade e a dignidade humana é inegociável. Trabalhamos para garantir que a mostra seja sempre um espaço seguro, acolhedor e representativo para todas as pessoas. Seguiremos atentos e atuantes para impedir qualquer forma de discriminação”, afirmou a organização.
Nossa reportagem entrou em contato com a empresa para um posicionamento, assim como buscou retorno por parte do arquiteto. O espaço segue aberto para pronunciamento.
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