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Brasileiras presas na Alemanha são impedidas de viajar após cancelamento de visto americano

Kátyna Baía e Jeanne Paolini expressaram frustração após meses de planejamento e prejuízos financeiros

          As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que foram presas na Alemanha em março de 2023 após uma troca de malas que resultou em uma acusação injusta de tráfico de drogas, enfrentam mais um obstáculo em suas vidas. Recentemente, o casal foi impedido de embarcar para os Estados Unidos devido ao cancelamento de seus vistos. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, elas desabafaram e exigiram justiça.

          “Em função da prisão injusta, mais uma vez fomos vítimas e os Estados Unidos cancelaram os nossos vistos. Estamos nos recuperando, retomando as nossas vidas, curando as cicatrizes e, mais uma vez, uma frustração. Até quando isso vai acontecer?”, constataram.

          Veja as fotos

          Reprodução/Instagram
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          Kátyna e Jeanne tentaram embarcar para Nova York na terça-feira (19/11), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, quando foram informadas pela companhia aérea sobre o cancelamento de seus vistos. O casal havia planejado a viagem por mais de seis meses e já tinha investido cerca de R$ 35 mil em passagens e hospedagens. “Até hoje sofremos as consequências emocionais e financeiras devido à falta de segurança no despacho de bagagens no Aeroporto de Guarulhos”, ressaltaram.

          O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em nota, informou que questões de embarque são de responsabilidade das companhias aéreas e não se manifestou sobre as acusações de falta de segurança. Nos comentários da publicação no Instagram, muitos seguidores expressaram apoio e indignação: “Inacreditável!! Muito injusto”, comentou uma seguidora.

          O Consulado dos Estados Unidos também se manifestou, afirmando que a Lei de Imigração e Nacionalidade (INA) os impede de comentar ou compartilhar detalhes sobre casos individuais de vistos. Kátyna e Jeanne, que passaram 38 dias detidas na Alemanha, relataram ter sido maltratadas pela polícia local. “Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando já por 38 dias por um crime que não nos pertence”, desabafaram.

          A veterinária Jeanne destacou a importância da ação dos órgãos de segurança brasileiros, que conseguiram reunir provas que comprovaram a inocência do casal. “Nós gostaríamos de fazer um agradecimento aqui a todos os envolvidos, que trabalharam juntos para mandar todas as provas pra polícia alemã. Nós sabemos que o envio desses vídeos foi fundamental para a nossa liberdade. Sem eles, provavelmente, nós iríamos pagar por um crime que nós não cometemos”, afirmou.

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