De acordo com o site Brazil Journal, estima-se que os criminosos tenham desviado ao menos R$ 400 milhões, podendo chegar a até R$ 1 bilhão em prejuízos. Segundo as primeiras informações, os invasores teriam conseguido acessar diversas contas por meio da infraestrutura da C&M. Uma das empresas mais afetadas seria a BMP, provedora de soluções de “banking as a service”, com longa atuação no setor e que no ano passado apresentou resultados robustos, com lucro líquido de R$ 231 milhões.
Ainda não se sabe ao certo o número total de instituições comprometidas, mas estimativas iniciais indicam que cada uma pode ter registrado perdas superiores a R$ 50 milhões.
Respostas e providências
A C&M divulgou nota oficial confirmando que foi “vítima direta da ação criminosa”. Ainda segundo o comunicado, “por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das apurações, a C&M não comentará detalhes do processo, mas reforça que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais e que as medidas previstas nos protocolos de segurança foram integralmente executadas”.
A empresa também garantiu que está colaborando com as investigações conduzidas pelo Banco Central, pela Polícia Civil de São Paulo e pela Polícia Federal, que já abriu inquérito para apurar o caso.
A BMP, por sua vez, informou que nenhum cliente sofreu impacto direto. “No caso da BMP, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta reserva no Banco Central. A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou a seus parceiros comerciais”, afirmou.
A companhia reforçou que segue operando normalmente, “com total segurança”, e “reforça seu compromisso com a integridade do sistema financeiro, a proteção dos seus clientes e a transparência nas suas comunicações”.
Em nota pública, o Banco Central também se manifestou: “a C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica”. Como medida de precaução, “o Banco Central determinou à C&M o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas”.