Irmão de estudante de medicina morto por policial se manifesta: “Deixou um buraco”
Irmão de estudante de medicina morto por policial durante abordagem desabafou e relembrou como Marco Aurélio era em vida
O irmão do estudante de medicina de 22 anos, Marco Aurélio Cardenas Acosta, morto por um policial militar em um hotel na zona sul de São Paulo, se manifestou sobre a dor da perda. Em suas redes sociais, Frank Cardenas Acosta rompeu o silêncio e afirmou que a partida do irmão deixou “um buraco” e “levou a alegria” de sua família.
Através do Instagram, Frank, que é residente em medicina, apareceu desolado para agradecer as mensagens de apoio durante este momento difícil. Em seguida, ele abriu o coração e falou sobre a dor do luto: “Tá muito difícil, a gente tá sofrendo muito, nossa alegria foi embora, a alegria da nossa casa foi embora, da nossa família”.
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“Meu melhor amigo foi embora. Eu nunca vou ver ele se formar. Eu nunca vou ver ele ser pai. Eu não vou poder ir no casamento dele, ele não vai poder ir no meu. A gente não vai poder envelhecer juntos pra cuidar dos nossos pais. Meu irmão morreu. Ele morreu e deixou um buraco no coração, no coração de nós todos”, lamentou aos prantos.
Na sequência, Frank fez questão de exaltar as qualidades de Marco e lembrar que ele era amado por todos ao seu redor: “Ele era um jovem de 22 anos, estava no quinto ano de medicina, gostava de cantar, gostava de jogar bola, ele era tão bom que às vezes ele ia jogar bola com o meu pai só para o meu pai poder jogar”, contou o médico, que preferiu não se aprofundar na causa da morte.
“Era companhia da minha mãe no sábado, todos os dias ele ligava para ela desejando boa noite. O Marco era uma boa pessoa. Quando forem ver qualquer coisa dele, lembrem que ele foi muito amado. Ele era uma boa pessoa. Ele tinha um bom coração. Era um bom filho, era o mais carinhoso de nós três. Lembrem que o Marco vai deixar muita saudade”, ele finalizou.
O que aconteceu com Marco Aurélio?
Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que Marco Aurélio aparece sendo seguido por policiais no hotel. Ao tentar se defender, o estudante segura o pé de um dos militares, fazendo-o cair. Nesse instante, o agente armado dispara contra o rapaz, atingindo-o com um tiro à queima-roupa, o que resultou em sua morte. As gravações contrariam a versão dos policiais no boletim de ocorrência.
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