O que se sabe e o que falta saber sobre o acidente aéreo que ocorreu em Vinhedo
Vítimas identificadas, registro das caixas-pretas, motivo que causou a queda do avião e outras informações foram divulgadas nos dias que sucederam o acidente. O turboélice de modelo ATR-72 caiu na cidade de Vinhedo, em 9 de agosto
Há nove dias o Brasil parou para acompanhar o acidente aéreo que matou 62 pessoas no interior de São Paulo, em Vinhedo. Com destino a Guarulhos, na Grande São Paulo, o avião saiu de Cascavel, no Paraná, às 11h46, de sexta-feira (9/08), e tinha como objetivo pousar por volta das 14h. Ao todo haviam 58 passageiros e 4 tripulantes, e segundo a Polícia-Técnico Científica de São Paulo, todos morreram por politraumatismo. O portal LeoDias reuniu as principais informações que se tem sobre a tragédia e as dúvidas que ainda faltam ser respondidas.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o avião turboélice de modelo ATR-72, pertencente à companhia Voepass Linhas Aéreas, sumiu do radar às 13h22. Em nota, o órgão militar revelou que não recebeu pedidos de ajuda ou chamadas de emergência da equipe responsável pelo voo.
Veja as fotos
A aeronave caiu em um condomínio no bairro Capela e despencou cerca de 17 mil pés (equivalente a mais de 5km) em menos de dois minutos. O avião estava a 70 km do destino, que tinha como trajeto cerca de 734 km.
Em cinco dias, a força-tarefa do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo conseguiu identificar todos os 62 mortos no acidente. O reconhecimento das vítimas foi realizado por meio de impressões digitais, comparação de radiografias, exames odontológicos de arcada dentária, análise de fotografia, entre outros métodos. De acordo com os peritos, não foi necessário o uso do exame de DNA.
Caixa-preta
Na última quarta-feira (14/08), o Jornal Nacional obteve acesso exclusivo às informações da caixa-preta do ATR 72-500. As conversas entre o piloto e o copiloto, registradas nas duas horas finais da viagem, foram transcritas pelo Laboratório de Leitura e Análise de Dados e Gravadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
O copiloto falou sobre “dar potência” à aeronave. A partir disto, investigadores revelaram que a análise preliminar do áudio indica uma perda súbita de altitude.
Apesar de importante, essa informação não foi o suficiente para determinar a causa do acidente. Além disso, a perícia confirmou que o último som registrado pelos gravadores foi dos gritos dos passageiros.
Posição das vítimas
O diretor do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) do Estado de São Paulo, Mauricio Freire, afirmou que a posição em que a maioria dos corpos foram encontrados mostra que eles podem ter sido alertados sobre a queda. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa realizada na manhã de quinta-feira (15/08).
Conhecida como “brace”, as vítimas estavam com a cabeça entre os joelhos, abraçando as pernas. A posição de segurança tende a diminuir os impactos no caso de uma aterrissagem forçada.
Livramento
Uma família que tentava embarcar para Rio Verde, em Goiás, saindo de Guarulhos, entrou por engano na aeronave. O pai de família Fernando Morais publicou um vídeo relatando como foi o contato com a tripulação do voo 2283.
Morais explicou que quando entrou no avião, se deparou com um senhor no assento que seu bilhete indicava, mas ignorou o problema e seguiu em busca de outro lugar. No entanto, antes de seguir viagem e decolar, o homem escutou a conversa de um passageiro com uma comissária e descobriu que estava no voo errado.
Já Adriano Assis, não embarcou porque perdeu o voo. Ele, que é do Rio de Janeiro e estava a trabalho no Hospital Regional de Toledo, explicou como perdeu a conexão.
“Cheguei ao aeroporto às 9h40, mas a LATAM estava fechada, e meu voo seria pela Voe Express. Fiquei esperando para ver se abria, e o microfone e os placares não davam informações sobre o voo. Quando desci, já era 10h30 e a fila estava enorme. Às 10h41, fui informado que não embarcaria mais porque o check-in havia fechado uma hora antes,” relatou Adriano.
O que falta?
A Aeronáutica apura as causas da queda da aeronave que atingiu duas residências no Condomínio Recanto Florido. A Polícia Federal e a Polícia Civil também investigam separadamente as causas e responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público acompanha as investigações.
Por fim, os destroços do transporte aéreo estão sendo reunidos e levados para a sede da empresa Voepass, em Ribeirão Preto. A empresa informou que vai armazenar o material até que todas as famílias sejam indenizadas.
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