Pais que culpam médico por morte de bebê expõem mais denúncias: “Não é caso isolado”
Os pais de Matteo Luiz Mariano Lanfredi Calejuri conversaram com a reportagem da LeoDiasTV, e revelaram detalhes sobre a acusação de negligência contra médico após filho morrer

Luiz Mariano e Ana Laura Mariano são os pais do pequeno Matteo Luiz Mariano Lanfredi Calejuri, que faleceu com apenas um ano e seis meses. O casal, que o médico de negligência após o óbito, expôs, com exclusividade ao canal portal LeoDias terem ouvido diversos relatos de supostos erros cometidos pelo mesmo profissional do Hospital Léo Orsi Bernardes (HLOB), em Itapetininga (SP).
“Desde o momento em que um pediatra nos disse que daria para ter identificado o apêndice já no primeiro raio-x, nós ficamos nervosos, pois se ele tivesse visto mesmo, teria dado tempo de salvar nosso filho”, ressaltou a mãe da criança. Luiz Mariano também reforça denúncias a respeito da postura do médico. “Nós não temos o porquê de sentir ódio das pessoas, mas a partir do momento que começaram a nos mandar imagens, onde ele diz que só estaria ali só para pagar boletos… Ele poderia ter dado atenção ao meu filho, pela manhã ele já estava com a barriguinha bem distendida, mas só olhou a garganta?”.
“A quantidade de pessoas que reclamavam dele, erros acontecem, se fosse um caso isolado… Mas não é. Até vizinhos que estavam em situações precárias, e ele dizia que não era nada. Ele chegou a discutir com uma pessoa convulsionando”, relata a mãe. Apesar de saber que nada irá trazer a vida do filho de volta, Luiz espera que haja justiça por Matteo, para que nenhum pai e mãe passem pelo o que eles estão passando.
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Entenda o caso
No último dia 16 de abril, os pais levaram o filho por volta das 10h em busca de atendimento. O bebê gritava e se contorcia de dores no abdômen. Mesmo com um raio-x em mãos, o médico não teria dado atenção aos relatos da mãe, e examinado apenas a garganta do menino. Liberando a família para voltar para casa em seguida.
Ao sair do hospital, os pais teriam comprados os remédios indicados pelo médico e realizado as manobras de alongamento também orientadas pelo profissional. Sem perceber melhora, e com o filho cada vez mais fraco, o casal decidiu voltar ao mesmo hospital. Desta vez, uma plantonista teria percebido a gravidade do caso rapidamente, e convocado a ajuda de um pediatra. Assim que entramos, fomos direto para a enfermaria. Lá, tentaram aferir os batimentos dele, mas não conseguiram, ele estava com a pressão muito baixinha e os dedinhos muito gelados”, lembra o pai. A médica teria se assustado ao reavaliar o raio-x feito na primeira ida do bebê ao hospital, e pediu a ajuda de um pediatra com urgência.
“Até esse momento, nenhum pediatra havia olhado para os nossos filhos. De repente, começou a aparecer um monte de enfermeiro. Tentaram achar a veia dele no pescoço, nos pés e nada. Começou o corre-corre, levaram ele, e não davam mais informações para a gente”, disso o pai. A mãe lembra que o filho já estava com a barriga muito inchada expelindo um líquido.
Após às 2h da madrugada, os pais receberam a notícia da morte da boca de um médico e uma enfermeira. “Ficamos mais um tempo com o Matteo ali, depois de morto. Eles ficaram do nosso lado, nos dando apoio, e nos incentivaram a abrir um boletim de ocorrência. A causa da morte informada inicialmente à família, segundo um dos médicos, teria sido apendicite aguda e choque séptico. O líquido ao qual Ana Laura se referiu, geralmente é pus ou conteúdo intestinal, liberados para a cavidade abdominal, após a ruptura do apêndice.
Investigação
Em nota, a prefeitura de Itapetininga afirma que, ao solicitar esclarecimentos à gestão do hospital, constatou que a ala pediátrica estava com apenas 40% da capacidade ocupada e toda a equipe médica estava disponível para atendimentos.
Por esse motivo, uma apuração imediata foi instaurada, para investigar o caso, o que levou ao afastamento do médico. A prefeitura ainda diz que se solidariza com a família da criança, e que não medirá esforços para elucidar os fatos.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que caso foi encaminhado ao 1º Distrito Policial e que a denúncia apresentada pela família será investigada para esclarecer as circunstâncias da morte da criança. “Outros detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”.
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