Preso há sete meses, Robinho tem rotina com futebol, academia, cursos e leitura na cadeia
O Supremo Tribunal Federal marcou para novembro a retomada do julgamento sobre os pedidos de liberdade de Robinho, que havia sido suspenso em setembro
O ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão em regime fechado por estupro coletivo, completou sete meses detido na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado (P2), localizada em Tremembé, no interior de São Paulo. Ele foi preso em 21 de março deste ano, em Santos, pela Polícia Federal, após o Superior Tribunal de Justiça acatar a solicitação da Justiça Italiana para que o cumprimento da sentença ocorresse no Brasil. O crime aconteceu em 2013, em uma boate em Milão, tendo como vítima uma mulher albanesa.
Detido no edifício onde residia no bairro Aparecida, em Santos, o ex-atleta foi transferido para Tremembé, onde ingressou no sistema penitenciário. Inicialmente, Robinho passou 12 dias em isolamento, tempo necessário para avaliações e adaptação ao novo ambiente. Durante esse período, ele permaneceu em uma cela de cerca de 8 metros quadrados e cumpriu as atividades, como o banho de sol, de forma isolada. Após o isolamento, foi alocado em uma cela comum com outro detento e passou a ter direito a visitas.
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Nesta terça-feira (29/10), o Supremo Tribunal Federal marcou para novembro a retomada do julgamento sobre os pedidos de liberdade do ex-jogador, que havia sido suspenso em setembro. A nova data foi definida para ocorrer entre 15 e 26 de novembro no plenário virtual.
Futebol na prisão
Dentro do presídio, Robinho participa de atividades recreativas, incluindo o futebol, jogando uma ou duas vezes por semana com outros internos durante o horário de banho de sol. Diferente do ambiente profissional, os jogos na penitenciária são realizados com uma bola não oficial e sem uniformes específicos. Para esses jogos, Robinho solicitou aos familiares um par de chuteiras. Além do futebol, ele também utiliza a academia ao ar livre.
Tentativas de redução de pena
Em maio ele iniciou um curso técnico de Eletrônica Básica, Rádio e TV. Ele também se engajou em grupos de leitura, visando diminuir sua pena.
A defesa de Robinho, nesse período, buscou reduzir o tempo de sua pena ao solicitar que o crime fosse enquadrado como “comum”, e não “hediondo”, alegando que assim o ex-jogador precisaria cumprir apenas 20% da pena em regime fechado, ao invés dos 40% exigidos para crimes hediondos. A Justiça, contudo, negou o pedido em julho e confirmou a decisão em setembro.
Com a manutenção da sentença, Robinho deverá cumprir pelo menos 3 anos e 7 meses em regime fechado antes de progredir para um regime mais brando.
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