Alckmin: Governo usará decreto de reciprocidade contra tarifa de Trump
Vice-presidente afirma que decreto de reciprocidade será publicado até terça-feira (15/7) e prevê resposta proporcional às tarifas de 50% impostas pelos EUA

O vice‑presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil está preparado para ativar o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica, com o objetivo de reagir ao anúncio de tarifas de até 50% feitas pelos Estados Unidos (EUA) sobre produtos brasileiros.
A nova legislação, aprovada pelo Congresso em abril e sancionada pelo presidente Lula, prevê contramedidas proporcionais em resposta a medidas unilaterais adotadas por terceiros que prejudiquem a competitividade do país. O decreto de regulamentação, segundo Alckmin, deve ser publicado entre este domingo, 13 de julho, e terça‑feira, 15 de julho.
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Passo importante na estratégia, será instalado um comitê interministerial para formular a resposta oficial ao chamado “tarifaço” americano. Alckmin será o coordenador do grupo, que incluirá participação de setores produtivos afetados, como agroindústria, tecnologia, suco de laranja, café e aeronáutica, com possível envolvimento da Embraer.
O ministro classificou a decisão de Trump como “totalmente equivocada” e ressaltou que o Brasil aplica uma tarifa média de 2,7% sobre importações dos EUA, afirmando que não é “um problema para os Estados Unidos”. Ele também destacou que os números oficiais indicam superávit comercial dos EUA em relação ao Brasil, o que enfraquece qualquer justificativa para as penalidades anunciadas.
Se o diálogo diplomático não se mostrar viável, o governo brasileiro está pronto para retaliar: “Taxou aqui, vamos taxar lá”, afirmou o presidente Lula em postagem nas redes sociais. O vice‑líder do governo e ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou o posicionamento deste domingo (13/7), destacando que o Brasil não responderá apenas com tarifas, mas com um conjunto de medidas econômicas previstas na legislação, prontas para serem acionadas até o fim do mês caso o “tarifão” americano seja efetivado.
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