Em carta a Lula, Trump impõe tarifa de 50% e sai em defesa de Jair Bolsonaro
Presidente dos EUA critica relação comercial com o Brasil e diz que julgamento de Bolsonaro é “vergonha internacional” e deve acabar imediatamente
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, enviou nesta quarta-feira (9/7) uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informando que será aplicada uma tarifa de 50% sobre uma série de produtos brasileiros importados pelos EUA. Na mesma carta, Trump defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele “não é culpado de nada” e criticando os processos judiciais em andamento no Brasil. A mensagem reforça sua posição de que Bolsonaro está sendo alvo de perseguição política.
“Conheci e tratei com o ex-Presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países. A forma como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”, escreveu o presidente norte-americano.
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De acordo com a Casa Branca, o prazo para nova rodada de tarifas começa a valer no dia 1º de agosto, após a suspensão temporária das taxas recíprocas. Trump sinalizou que outras nações também serão notificadas em breve com aumentos entre 25% e 50%, especialmente os países membros do BRICS.
“Além disso, tivemos anos para discutir nosso relacionamento comercial com o Brasil e concluímos que precisamos nos afastar da longa e muito injusta relação comercial gerada pelas tarifas e barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil. Nosso relacionamento, infelizmente, tem estado longe de ser recíproco”, ressaltou Trump.
De acordo com o norte-americado, 50% “são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições” entre os países, além de ser uma atitude necessária para “corrigir as graves injustiças do sistema atual”. Na carta, Donald Trump propõe que o Brasil passe a produzir seus produtos dentro dos EUA, para evitar taxações, alegando que o processo legal para isso será o mais rápido possível: “em outras palavras, em questão de semanas”, conclui.
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