Alckmin revela que o Brasil já dialogava com os EUA antes do tarifaço de Trump
Vice-presidente manda indireta à oposição, que vê relações do Brasil com os Estados Unidos inexistentes. Nesta segunda-feira (14/7), Alckmin anunciou as primeiras reuniões do governo para elaborar defesa ao tarifaço de Trump

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o Brasil já estava negociando as taxas de exportação com os Estados Unidos desde o mês de maio, ou seja, antes mesmo do presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar o tarifaço de 50%.
“É importante destacar que nós já havíamos fazendo um diálogo. Eu estive, através de videoconferência, com embaixadores americanos. No dia 16 de maio foi encaminhada, até de forma confidencial, uma proposta para os Estados Unidos de negociação e não foi respondida, ainda”, explicou o vice-presidente.
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A fala de Alckmin foi durante entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (14/7), e, mesmo de forma indireta, é uma resposta aos opositores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, nas redes sociais, tentam “emplacar” a narrativa de inércia do Brasil em relação as medidas tomadas por Trump.
No domingo (13/7), o deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, publicou no X um post insinuando que entre os países taxados pelos Estados Unidos só o Brasil estaria fazendo “chacota ao invés de abrir canal de negociações”, postou.
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O vice-presidente anunciou que a força de trabalho do governo federal, formada pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Relações Exteriores e Fazenda, além da Casa Civil, vai realizar duas reuniões, nesta terça-feira (15/7), com os setores afetados pelo tarifaço de Trump.
Pela manhã, o governo vai ser reunir com representantes dos setores industriais: aviões, aço, alumínio, celulose, máquinas, calçados, móveis e autopeças. No período da tarde, o comitê do governo vai receber representantes dos setores ligados ao agronegócio: suco de laranja, carnes, frutas, mel, couro e pescado.
A princípio, Geraldo Alckmin não revelou as estratégias que serão apresentadas aos setores produtivos exportadores e, tão pouco, mencionou como o governo vai regulamentar a Lei da Reciprocidade, que permitirá ao país estipular, também, taxas sobre os produtos norte-americanos que entrarem no Brasil.
“O governo não pediu nenhuma prorrogação de prazo e não fez nenhuma proposta sobre alíquota. Estamos ouvindo os setores mais envolvidos. Então, nós vamos trabalhar juntos com a iniciativa privada”, ressaltou Alckmin.
As reuniões com os setores produtivos afetados pelo tarifaço de Donald Trump serão no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, nesta terça-feira (15/7), às 10h e às 14h. O presidente Lula não deve participar dos encontros.
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