Após apreensão de dólares e pendrive, Bolsonaro se defende e fala em “perseguição”
Ex-presidente concedeu entrevista após operação da PF apreender cerca de US$ 14 mil e um pendrive em sua casa

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou com a imprensa na manhã desta sexta-feira (18/7), sobre a operação da Polícia Federal que apreendeu um pendrive e aproximadamente 14 mil dólares em espécie em sua residência. Durante a entrevista, ele negou qualquer irregularidade e voltou a falar em perseguição.
Questionado sobre a origem do dinheiro, Bolsonaro afirmou que os dólares estavam acompanhados de recibos do Banco do Brasil. “Todo dólar pego lá tem o recibo do Banco do Brasil. Sempre tem quase 10 dólares em casa, pô”, disse o ex-presidente.
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Sobre o pendrive, não deu detalhes específicos. Já em relação a boatos sobre uma possível tentativa de deixar o país, Bolsonaro respondeu: “Sair do Brasil foi a coisa mais fácil. Mas não houve isso. A suspeita é um exagero. Eu sou ex-presidente da República, tenho 70 anos de idade.”.
Durante a conversa com os jornalistas, Bolsonaro também foi perguntado se pretende recorrer a instâncias internacionais. “Depende dos advogados e de como se comporta aqui o julgamento português”, respondeu.
Bolsonaro negou qualquer envolvimento com planos de golpe de Estado. “Nada que me coloca num plano golpista aqui existiu, nem os outros”, afirmou, ao ser questionado sobre conversas com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), e aliados políticos.
Ainda sobre o tema, ele explicou o que seria um estado de sítio, mecanismo previsto na Constituição, e disse que nunca chegou a convocar o Conselho da República: “Você convoca os conselhos da República e da Defesa, depois manda esse projeto para o Congresso decidir se pode ou não assinar o decreto. Mas tem que ter um motivo. O país estava em paz.”
A imprensa também questionou se ele havia discutido com comandantes militares sobre a possibilidade de medidas institucionais após as eleições de 2022. “Conversei com eles desde quando era deputado”, respondeu.
No final da entrevista, o ex-presidente disse acreditar que Eduardo Bolsonaro permanecerá nos Estados Unidos. “Se ele vier pra cá, vai ter problemas”, comentou. Ao ser perguntado se enxerga a atual operação como parte de uma retaliação, Bolsonaro foi direto: “Eu não tenho a menor dúvida do movimento de perseguição.”.
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