Estados Unidos revogam visto de Alexandre de Moraes e seus “aliados no tribunal” Militão e Tainá Castro revelam destino de lua de mel: “Vai ser super rápido” Portal LeoDias confirma: Travis Scott está na festa de Vini Jr. neste momento Cantor relata agressão por produtor de Eduardo Costa em show em GO: “Covarde”
Estados Unidos revogam visto de Alexandre de Moraes e seus “aliados no tribunal” Militão e Tainá Castro revelam destino de lua de mel: “Vai ser super rápido” Portal LeoDias confirma: Travis Scott está na festa de Vini Jr. neste momento Cantor relata agressão por produtor de Eduardo Costa em show em GO: “Covarde”

Condenação de Bolsonaro pode mudar o rumo da direita no Brasil, diz analista

Vinicius de Carvalho, analista político ouvido pelo portal LeoDias, prevê movimento “Mito Livre”, crise institucional e possível ascensão de Tarcísio como novo nome da direita

Whatsapp telegram facebook twitter

          O cerco do ex-presidente Jair Bolsonaro se aperta ainda mais com o recente pedido de condenação movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula. Se confirmada a condenação e sua consequente possível prisão, o Brasil pode estar prestes a entrar em uma nova fase de tensão política, com consequências eleitorais e institucionais profundas. É o que analisa o cientista político Vinicius de Carvalho. Ao portal LeoDias, ele afirmou que vê no processo não apenas uma resposta à ofensiva bolsonarista contra as eleições de 2022, mas também um catalisador de um novo ciclo de embates entre Judiciário e conservadorismo.

          “O primeiro impacto seria o surgimento de um movimento muito parecido com o que foi o ‘Lula Livre’. Acho que vai surgir um movimento ‘Mito Livre’ também, de forma muito semelhante, uma mobilização muito forte. Isso vai acelerar também, talvez, uma definição por outro nome”, afirmou Carvalho, em alusão ao período em que o ex-presidente petista cumpriu pena em Curitiba. Para o analista, caso Bolsonaro seja condenado à prisão, ainda que temporariamente, a estratégia do bolsonarismo será manter o ex-presidente como pré-candidato até o limite legal, repetindo a cartilha petista de 2018.

          Veja as fotos

          Reprodução: Portal LeoDias
          Vinicius de Carvalho, analista político, conversou via vídeo-chamada com o portal LeoDiasReprodução: Portal LeoDias
          Reprodução: LeoDias TV
          Jair Messias BolsonaroReprodução: LeoDias TV
          Reprodução: Instagram/Jair Bolsonaro
          Jair Bolsonaro, ex-presidente do BrasilReprodução: Instagram/Jair Bolsonaro
          Foto: Ciete Silvério/Governo do Estado de São Paulo
          Governador de São Paulo, Tarcísio de FreitasFoto: Ciete Silvério/Governo do Estado de São Paulo
          Reprodução: Instagram
          Michelle BolsonaroReprodução: Instagram
          Foto: Agência Brasil
          Luiz Inácio Lula da SilvaFoto: Agência Brasil

          Nesse cenário, a figura de Bolsonaro continua central. “A tendência dele é manter-se dentro do clã político dele, dos dois filhos e da esposa”, avaliou Carvalho. Isso colocaria nomes como Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Flávio Bolsonaro no radar como possíveis substitutos em uma eventual impugnação da candidatura.

          Porém, a grande questão passa por fora da família. O especialista apontou que há uma crescente pressão por uma nova frente ampla, desta vez contra o presidente Lula. “A grande peça que foi mexida na eleição passada foi o Alckmin, vice do Lula, formando uma frente ampla para derrotar o Bolsonaro. Agora, tem uma pressão para que isso aconteça do outro lado, uma frente ampla para derrotar o Lula com essa queda de popularidade que ele teve ao longo desse primeiro semestre. Todos os candidatos de oposição cresceram nas pesquisas”, afirmou. Para ocupar esse novo espaço da direita, o nome mais cotado é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “Esse seria o Tarcísio, o nome mais forte, porque realmente é o terceiro nome: Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e depois o Tarcísio em termos de intenções de voto”.

          Mesmo assim, a situação do governador é delicada. “Com essa situação do Trump, com essa imposição dessa sobretaxa, polarizou mais ainda; deixou o Tarcísio numa situação muito difícil. Essa oposição moderada ao Lula está sumindo um pouco, na qual ele está tendo que assumir um lado muito claro: ou fica a favor do Trump com essas medidas todas e do Bolsonaro, ou fica a favor do Lula. Esse espaço intermediário ficou esvaziado”, disse Carvalho. Na avaliação dele, é possível que a eleição de 2026 comece fragmentada no campo da direita, com várias candidaturas disputando uma vaga no segundo turno contra o candidato petista; que pode não ser o próprio Lula, já que sua eventual nova candidatura é vista como arriscada.

          Além das implicações eleitorais, o analista chamou atenção para os riscos institucionais e para a condução do processo contra Bolsonaro. “Há problemas processuais sérios nessa condução que o Alexandre Moraes vem fazendo. Assim como a Lava Jato foi anulada, uma parte dela, a condenação do Lula, por exemplo, foi anulada; ele não foi absolvido, nem ‘descondenado’, como os bolsonaristas falam. Então, isso pode acontecer com esse processo do Bolsonaro também”, alertou. Para ele, a centralização de poderes no STF, especialmente nas mãos do ministro Moraes, está deteriorando a qualidade da democracia no país. “As respostas para a crise da democracia têm sido autoritárias, não têm sido democráticas”.

          Apesar de reconhecer que existem evidências de uma tentativa de desestabilizar o país, o analista ponderou que a forma como os inquéritos estão sendo conduzidos fragiliza sua legitimidade. “A postura do Alexandre de Moraes concentra muitos papéis: ele é acusador, ele é juiz, ele é vítima, ele é parte… Isso realmente é muito polêmico”.

          A possível condenação de Bolsonaro, portanto, pode se tornar mais um capítulo de uma longa crise institucional no Brasil; e fortalecer o bolsonarismo mais radical. “Isso acaba alimentando essa visão de que realmente há um processo de perseguição política ao Bolsonaro”, resumiu Vinicius de Carvalho.

          Para o analista, portanto, o que virá a seguir pode ser decisivo para o futuro da direita brasileira: a consolidação de uma nova liderança ou o fortalecimento de um mártir político que manterá o nome e o legado de Bolsonaro no centro do debate, mesmo fora das urnas.

          Fique por dentro!

          Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.

          Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.

          Whatsapp telegram facebook twitter