Deputado bolsonarista prevê: “Prisão pode sair a qualquer momento”
Deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) critica proibição imposta por Alexandre de Moraes a Bolsonaro de uso das redes sociais; estratégia de comunicação do PL fica comprometida

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de proibir o ex-presidente Jair Bolsonaro de usar as redes sociais pode complicar as estratégias de comunicação do Partido Liberal, dentro e fora do Congresso Nacional. Essa é a avaliação do deputado Cabo Gilberto (PL-PB), um dos coordenadores da “nova comunicação” do PL, em um vídeo enviado com exclusividade ao portal LeoDias.
No início da semana, a bancada do PL se reuniu em Brasília e definiu criar grupos de trabalho voltados para tornar a comunicação dos parlamentares da sigla mais ágil na Câmara dos Deputados e no Senado, e fortalecer as mobilizações populares entorno da defesa de Bolsonaro nas ruas do país.
O problema é que, nesta quinta-feira (24/7), Alexandre de Moraes, esclareceu as medidas cautelares impostas em resposta a um embargo de declaração solicitado pela defesa do ex-presidente e, na explicação, o ministro deixa claro a proibição à Bolsonaro de usar as redes sociais, sejam dele ou de apoiadores, de forma coordenada para se manifestar.
No entendimento de Cabo Gilberto, as medidas cautelares impostas ao ex-presidente são típicas de uma “ditadura”, onde tudo pode acontecer à revelia da Lei.
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“Estamos vivendo uma ‘ditadura da toga’ e por conta disso a prisão do presidente (Bolsonaro) pode sair a qualquer momento”, prevê.
A resposta de Alexandre de Moraes é clara ao dizer que Bolsonaro não pode produzir conteúdo e divulgá-lo nas redes sociais, em ação coordenada e isso vale para os aliados.
“Não será admitida a utilização de subterfúgios para a manutenção da prática de atividades criminosas, com a instrumentalização de entrevistas ou discursos públicos como ‘material pré-fabricado’ para posterior postagens nas redes sociais de terceiros previamente coordenados”, explicou Alexandre de Moraes.
No entanto, a explicação do ministro não esclarece sobre as publicações aleatórias realizadas por seguidores nas redes sociais. Esse “hiato”, digamos assim, está gerando dúvidas e temor nos aliados de Jair Bolsonaro e põe em “xeque” as táticas que seriam usadas pelo grupo liderado pelo deputado Cabo Gilberto Silva, por exemplo. O parlamentar do PL é “ácido” ao ponto de classificar o Congresso Nacional como um Poder inexistente no enfrentamento com a Justiça.
“O Congresso Nacional está sendo omisso. Eu espero resposta por parte do Ministério Público Federal, da imprensa brasileira, da Polícia Federal, da OAB, todos, todas as autoridades brasileiras”, cobrou Cabo Gilberto.
Na segunda-feira (21/7), os parlamentares do PL se reuniram em Brasília e decidiram organizar a comunicação e a coordenação de mobilizações, por meio de comissões; no Congresso Nacional e fora dele. A primeira comissão a ser criada pretende unificar a comunicação entre os parlamentares para tornar a mensagens do partido mais fortes e ágeis junto ao eleitorado.
Outra comissão do partido vai abrir canal de comunicação interna entre os parlamentares para tonar a defesa dos projetos e matérias, em análise na Câmara e no Senado, mais forte.
Por fim, o PL pretende criar um grupo de trabalho para organizar e coordenar as mobilizações sociais a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro nas ruas do país. A coordenação dos grupos de trabalho é formada, além do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO).
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