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Dólar recua mais uma vez nesta semana e atinge menor valor em dez meses

Expectativas de cortes de juros nos EUA, fluxo estrangeiro e cenário fiscal doméstico pressionam os mercados nesta quarta-feira (2/7)

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          O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (2/7) com baixa de 0,74%, cotado a R$ 5,4206, patamar mais baixo desde agosto de 2024. Já o Ibovespa caiu 0,36%, fechando aos 139.051 pontos, refletindo incertezas econômicas tanto no Brasil quanto no exterior. Essa é a segunda vez nesta semana que a moeda norte-americana tem o valor reduzido; na segunda-feira (30/6), foi cotada à 5,434.

          No mercado brasileiro, a queda do dólar tem sido sustentada pela atratividade dos juros altos. Com a taxa Selic em níveis elevados, o país segue recebendo fluxo estrangeiro por meio de operações de carry trade, nas quais investidores tomam recursos em países com juros baixos e aplicam onde a remuneração é mais alta; como é o caso do Brasil.

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          Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
          Menor valor do dólar é cotado dentro de nove meses nesta segunda-feira (30/6)Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
          Reprodução: Globo
          Donald Trump falou dos ataques dos Estados Unidos contra o Irã neste sábado (21/6)Reprodução: Globo
          Foto: Kenny Holston/The New York Times
          Projeto foi apelidado de “One Big Beautiful Bill”Foto: Kenny Holston/The New York Times
          Reprodução: Associated Press
          Senado americano aprova pacote orçamentário de Trump, apelidado de “One Big Beautiful Bill”Reprodução: Associated Press
          Foto: EBC/Arquivo
          "É um bloqueio, não um corte. Ele vai bloqueando enquanto ele não estiver cumprindo a meta. Se durar mais, aí sim será um corte", explicou TrosterFoto: EBC/Arquivo

          No cenário externo, o recuo da divisa também foi influenciado pela divulgação de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Segundo o relatório ADP, o setor privado americano perdeu 33 mil vagas em junho, contrariando as projeções que estimavam a criação de 95 mil postos. O resultado ampliou as apostas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve Bank (Fed) ainda este ano, o que enfraqueceu o dólar frente a várias moedas.

          Enquanto isso, os investidores seguem atentos aos desdobramentos políticos e fiscais em Washington. O pacote orçamentário do governo Trump, apelidado de “One Big Beautiful Bill”, foi aprovado no Senado e segue em tramitação no Congresso americano. Ele inclui uma série de cortes de impostos, aumento de gastos com segurança e defesa, e redução em programas sociais. Se aprovado, pode adicionar cerca de US$3,3 trilhões à dívida pública dos EUA na próxima década, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO).

          Outro fator de instabilidade global é a proximidade do fim do prazo de suspensão do tarifaço imposto por Trump. A União Europeia e o Canadá tentam manobras para evitar a retomada das tarifas, que podem entrar em vigor já em julho.

          No Brasil, o ambiente político também gerou instabilidade. O embate entre o governo Lula e o Congresso após a derrubada do decreto que elevava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) segue em destaque. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender o aumento do imposto para equilibrar o orçamento de 2025 e sustentou que medidas adicionais, como tributações sobre apostas e criptoativos, são necessárias para atingir as metas fiscais.

          O presidente Lula reforçou nesta quarta-feira (2/7) que recorrerá ao STF para restabelecer o aumento do IOF, alegando que a interferência do Congresso compromete o equilíbrio entre os Poderes.

          Além disso, dados econômicos divulgados nesta quarta contribuíram para o sentimento de cautela nos mercados. No Brasil, a produção industrial recuou 0,5% em maio frente a abril, segundo o IBGE, marcando o segundo mês consecutivo de retração. Já no acumulado de 12 meses, o índice mostra leve crescimento de 3,3%.

          Especialistas avaliam que o restante do mês de julho seguirá com atenção voltada à política monetária nos Estados Unidos, às negociações fiscais no Brasil e à repercussão de tensões comerciais globais.

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