STF começa a ouvir Bolsonaro e aliados sobre plano de golpe de 2022 nesta segunda (9/6)
Interrogatórios devem durar cinco dias e envolvem oito réus do grupo considerado central na investigação conduzida pela Polícia Federal

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa, nesta segunda-feira (9/6), a ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete investigados em um processo que apura a tentativa de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022. Os interrogatórios fazem parte da fase final da investigação e vão acontecer de forma presencial no plenário da Primeira Turma do STF, a partir das 14h.
Quem abre a sequência de depoimentos é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso. A ordem segue com os demais réus em ordem alfabética. O grupo faz parte do chamado “núcleo 1” da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), considerado o mais próximo do ex-presidente e com maior participação nas decisões investigadas.
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Durante os interrogatórios, os réus serão questionados sobre suas vidas, os fatos que constam no processo e sua possível participação em reuniões que discutiram medidas para contestar o resultado das eleições. Entre os pontos centrais da investigação estão uma minuta de decreto que previa a decretação do estado de defesa no país e declarações que colocavam em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.
A lei garante aos acusados o direito de permanecerem em silêncio se entenderem que alguma resposta pode prejudicá-los. Eles também podem apresentar provas, relatar sua versão dos fatos e rebater as acusações.
O que aconteceu até agora
Antes dos interrogatórios, o STF ouviu mais de 50 testemunhas indicadas tanto pela PGR quanto pelas defesas. A maioria das testemunhas arroladas por Bolsonaro afirmou que, após a derrota, ele demonstrava abatimento e estava disposto a entregar o cargo. Entre elas estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador Hamilton Mourão (Republicanos) e o senador Ciro Nogueira (PP).
No entanto, dois ex-comandantes das Forças Armadas, Freire Gomes e Baptista Júnior, disseram que participaram de reuniões onde foram discutidas medidas de exceção, como a decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e até uma minuta que previa impedir a posse de Lula. Segundo os relatos, houve até a hipótese de prisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.
E o que acontece depois?
Depois dessa semana de interrogatórios, tanto o Ministério Público quanto as defesas terão cinco dias para pedir novas investigações, se julgarem necessário. Em seguida, devem apresentar suas alegações finais, que são os últimos argumentos antes do julgamento.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, então elaborará seu voto. A decisão final será tomada pelos ministros da Primeira Turma do STF, em data que ainda será marcada. O julgamento vai definir se Bolsonaro e os outros réus serão condenados ou absolvidos das acusações.
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